terça-feira, 29 de dezembro de 2020
Eng.º Agrónomo Ou Florestal_Coimbra
Oferta: Engenheiro(A). Florestal/Agrícola
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
É já quarta 16 dez às 18:00: Duas experiências mais: na Serra da Freita e no Município de Lousada
https://meet.jit.si/aliancafloresta
Bióloga com um currículo vastíssimo não obstante a sua juventude, profissional ativa atualmente no município de Lousada, é também cidadã implicada em várias frentes onde desenvolve numerosos projetos de que damos apenas alguns exemplos.
A Associação BioLiving surge como evolução natural do projeto BIO Somos Todos e visa promover a sustentabilidade, fomentando o contacto e o respeito pela natureza e proporcionando oportunidades educativas.
Bastante abrangente, o projeto IMPRINT+ inclui valências como a mobilidade e formação de alunos, professores, auxiliares educativos e técnicos autárquicos da área do ambiente, um projeto piloto demonstrativo das boas práticas no contexto da compensação da pegada ecológica – que terá Lousada como laboratório vivo.
Outro ainda, o projeto Bussaco Digital, consiste numa plataforma online que procura incentivar a comunidade a participar na reflorestação da Mata do Bussaco, após ter sido especialmente atingida pelo ciclone Gong (Janeiro de 2013).Jorge Amorim, 49 anos, sempre em comunhão com a Natureza. Engenheiro de formação e com atividade profissional na eficiência energética. Mudou-se da cidade para o interior (Arouca), terra dos seus avós, porque é lá que se sente em casa. Agricultor por hobbie mas sobretudo criador de árvores e plantador. Sem filhos, quer deixar o seu legado aos dos outros: protegendo a Natureza, mantendo o mais possível a biodiversidade, preservando o ciclo da água.
Sozinho, em família ou em grupo, são centenas as árvores criadas e plantadas todos os anos, autóctones na sua maioria. Da recolha das sementes à plantação, é toda uma dedicação todo o ano, como se fosse um prolongamento do corpo.
Nas encostas da Serra da Freita em Arouca, onde é co-gestor de um baldio, preside também à associação de perfil ambientalista Matéria-Prima, pretendendo preservar a biodiversidade na região, tornar esta encosta um ecossistema exemplar e a replicar, dando o exemplo do que com poucos custos, se pode fazer muito pela comunidade
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
Invasão ao Domingo
As acácias, lentamente, foram tomando conta da nossa Mata da Machada.
Mas agora somos nós que invadimos a Machada, para controlar esta espécie invasora que se tenta impor na nossa Reserva Natural Local.
Junte-se a nós!
No dia 20 de dezembro, às 9h30 estaremos à sua espera, junto ao Centro de Educação Ambiental da Mata da Machada e Sapal do Coina, para o acompanhar no descasque de acácias.
A ação Invasão ao Domingo decorre no 3º domingo de cada mês.
Para mais informações, pode contactar a Linha Verde Gratuita 800 912 070
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
Jornada do Dia da Floresta Autóctone
Marcada pelas restrições à circulação em vigor, a jornada de 28 de Novembro, pensada para celebrar o dia da Floresta Autóctone, foi à partida reduzida para meio dia, para não desafiar essas restrições… Acabou por se realizar com apenas 3 voluntários, e, é claro, o cão Punti, sempre pronto ir, não importa o destino… O que fazer já estava decidido: plantar árvores, que, “manda a tradição” se comece a fazer por volta deste dia. Ora, plantar árvores era coisa que ainda se podia fazer em dois locais próximos de Belazaima, pois, com pouco tempo, também não convinha ir para longe: um, o Vale da Estrela, o outro, a Benfeita. As árvores foram carvalhos localmente produzidos com as bolotas não utilizadas nas bolotadas do ano passado. O Vale da Estrela foi eucaliptal até ao incêndio de 2017, que o queimou. A partir daí, iniciou-se um processo de reconversão. As primeiras plantações fizeram-se aqui nesta jornada, que contou com 30 participantes (bons velhos tempos!...), mas continuaram ao longo do Inverno de 2018. No entanto não chegaram a um pequeno vale, subsidiário do principal, já junto ao eucaliptal vizinho. No Outono de 2019 fez-se aí uma sementeira de bolota, mas não teve sucesso (às vezes acontece). Finalmente, chegou o momento de aí plantar. Também se deu uma olhadela às árvores plantadas há quase três anos, e elas não deixaram a equipa desanimada: carvalhos, sobreiros e medronheiros, muitos deles já com a altura de uma pessoa! Logo ali uma observação muito mais efémera: o “famoso” falo-impúdico (Phallus impudicus), que não é muito comum por aqui. No Vale da Estrela se passou mais de metade da manhã, que depois se concluiu logo ali bem perto do tanque de rega da Benfeita. Aqui não chegou a arder em 2017, embora o fogo tenha andado bem perto. A área plantada nesta jornada já tinha sido plantada antes, mas o denso matagal que então apresentava não permitiu a desejada densidade de plantação. No Inverno deste ano esse matagal foi cortado, e foi agora, na boa “cama” orgânica desse matagal em decomposição, que se plantaram mais algumas árvores. O tempo deu à justa para a plantação das duas áreas e foi com os já grandes sobreiros e carvalhos da Benfeita em fundo que a equipa se despediu com uma foto “de família”. (O Punti? Levou à risca as instruções para estar em casa às 13 horas, e já tinha posto pernas a caminho!). E foi assim, com uma equipa pequena, mas dedicada, que se plantaram algumas dezenas de árvores. Ficaremos à espera de tempos melhores, nos quais possamos continuar a contar com amigos de Aveiro, do Porto, de Vagos e de muitos outros locais… Abraços para todos, que pelo menos por escrito se podem dar! Paulo Domingues |
quinta-feira, 10 de setembro de 2020
Jornada de aniversário
por Cabeço Santo |
Depois de um Agosto não muito quente e em que mais de 50 mm de chuva aliviaram o stress hidrológico da época, para a jornada do 14º aniversário do Projecto Cabeço Santo contava-se já com um Verão em despedida, mas não foi assim: o anticiclone dos Açores lá arranjou “forças” para uma visita ao Canal da Mancha, e o resultado ficou à vista: mais duas semanas de calor! Mas o tempo foi generoso para a equipa que se aventurou para a jornada de Sábado, 5: nesse dia a temperatura não superou os 30ºC, enquanto nos anteriores e seguintes chegou, nalguns deles, a 35.
Em todo o caso, tudo estava pronto para um dia quente e ao mesmo tempo especial: celebrar os 14 anos passados mas com os olhos no futuro.
Durante a manhã, aproveitando a maior frescura, a equipa devotou-se energicamente ao trabalho. A zona alvo foi a Lavandeira, aquela encosta muito inclinada em frente a Belazaima onde já tínhamos estado. O trabalho: cortar eucaliptos e mimosas de uma parte da encosta de intervenção mais antiga (esta zona é constituída por várias parcelas onde os trabalhos se iniciaram em diferentes momentos ao longo dos últimos 3 anos). Também se arrancaram eucaliptos de origem seminal e se cortaram rebentos numa área de intervenção mais recente. Verificou-se a emergência de plantas autóctones (espontâneas e semeadas) e algumas receberam cuidados.
A somar à inclinação, a área mais antiga tinha fetos enormes e ainda silvas (mas também carvalhos, castanheiros e loureiros), o que não facilitava nada o acesso. Mas, com tesourões, machados e uma podadora, o trabalho foi avançando com algumas arranhadelas. Tal foi a concentração que, já a manhã estava quase no fim, ainda ninguém tinha tirado uma foto! Lá se tirou uma numa pequena pausa, para memória futura.
O almoço foi de prato, na frescura da base de trabalho da Quinta das Tílias (obrigado às duas voluntárias cozinheiras!) e, dado tratar-se de um dia especial, o “prato” seguinte fez-lhe jus: o visionamento de um filme de animação, que embora não sendo inédito na história das jornadas voluntárias, era ainda desconhecido para os voluntários do dia, e foi por isso seleccionado: o filme “O Profeta”, baseado no livro do mesmo nome de Kahlil Gibran, cujo trailer pode ser visionado aqui.
Com a alma cheia e a temperatura da tarde em evolução descendente, foi tempo de voltar ao campo, mas desta vez com uma intervenção inédita: realizar trabalhos no carvalhal da Pedreira, um dos locais da “pré-história” do Cabeço Santo, e onde os trabalhos se iniciaram faz este ano exactamente 30 anos. Claro, também se fez uma pequena caminhada por esta e pela área da Ponte Nova, um pouco a jusante, mas, para terminar este dia, trabalhou-se mesmo a sério outra vez: o alvo foi uma mancha de mimosas que, fruto de uma movimentação de terras recente na orla da parcela, se encheu de mimosas.
E assim se terminou um dia especial, com um programa especial. Num certo sentido, todas as jornadas são especiais (mas há umas mais especiais do que outras!), pelo que não esperem por outra jornada de aniversário para poder participar numa jornada especial! E a próxima, mesmo com o Verão a terminar, já deve contar com um tempo mais fresco… E quem sabe?! É no dia 19 de Setembro, 15 anos depois do grande incêndio de 18 de Setembro de 2005! Vamos à despedida do Verão? Até lá.
Obrigado a todos os voluntários do dia e à Catarina pelo trabalho fotográfico.
Paulo Domingues
quarta-feira, 2 de setembro de 2020
II Visita Técnica a Áreas Tratadas com Fogo Controlado.
quinta-feira, 30 de julho de 2020
2ª Jornada de Verão
Finalmente, depois de duas semanas de um escaldante Julho, os ventos mudaram, e já nem o sol parece o mesmo.
Assim, foi possível realizar a prevista jornada de 25 de Julho, desta vez quase inteiramente dedicada ao eucalipto! Quer dizer, dedicada à remoção de eucalipto. Tratava-se de uma das últimas áreas a ser intervencionada, já longe do Cabeço Santo e bem perto de Belazaima, aliás uma das mais visíveis de Belazaima: o Cabeço da Lavandeira.
É esta uma área de forte pendente (exceptuando as cotas mais elevadas do cabeço, onde a Quinta das Tílias plantou medronhal) que parcialmente continha as antigas testadas das terras agrícolas que se situam ao longo do ribeiro. Estas testadas tinham uma função de protecção destas terras e por isso não foram originalmente plantadas com eucaliptos, tendo desenvolvido uma interessante cobertura de vegetação autóctone, frequentemente com árvores de porte significativo. No entanto, os sucessivos incêndios degradaram-nas, promovendo a germinação de sementes de eucalipto provenientes das áreas vizinhas e a degradação da vegetação autóctone, de tal maneira que, nos anos deste século, as testadas da Lavandeira e do Pedaço (a jusante) já estavam totalmente dominadas pela presença de eucaliptos, que frequentemente as ocuparam de forma densa e desordenada.
O objectivo de mais longo prazo da intervenção nesta área é a recuperação das antigas testadas da Lavandeira e de, pelo menos, parte do Pedaço, mas, para já, ficamo-nos pela Lavandeira. Aqui foi possível ir para além das antigas testadas, subindo mais na encosta para incluir antigo eucaliptal plantado. Neste, recorreu-se ao herbicida para desvitalizar as toiças (em 2019), o que foi parcialmente conseguido, mas nas antigas testadas, dada a presença mais abundante de plantas autóctones, isso não foi feito, sendo a rebentação de eucalipto mais densa.
Eis, pois, o objectivo deste dia: remover a rebentação de eucalipto com machados. Mas não apenas isso: na época anterior já se tinha realizado aqui uma sementeira de bolota, pelo que se estava de olho nas plantas emergentes. E com efeito foram encontradas, não em grande densidade, mas estavam lá, na primeira frente de recuperação desta área. Também se usou moto-podadora para cortar alguns eucaliptos de pequeno porte que o último corte do eucaliptal deixou para trás.
O que não facilitou o trabalho dos voluntários foi o declive do terreno, tanto mais elevado quanto mais se descia em direcção às terras agrícolas. Também a presença de ramadas de eucalipto ainda remanescentes dos cortes não ajudou. Mas a manhã decorreu com dinâmica, ajudada pela frescura do tempo. Constatou-se até que alguns eucaliptos germinados após o incêndio de 2005, que também afectou a área, ainda se conseguiam arrancar, fruto do enraizamento superficial e da concorrência pelo espaço.
Mas, claro, estamos em pleno Julho, pelo que, depois do almoço, na base de operações da Quinta das Tílias, se fez um relaxamento um pouco mais alongado. Com a temperatura do ar quase a tocar nos 30ºC, mas a descer rapidamente, pouco depois das 15 horas a equipa já se encontrava no terreno outra vez. E os trabalhos prosseguiram até depois das 18:30h. Não se conseguiu acabar, mas também não ficou a faltar muito, apenas uma pequena área de antigo eucaliptal plantado, onde a desvitalização química ainda deixou significativa rebentação. Tinha sido um dia muito produtivo!
Obrigado a todos os voluntários e ao Paulo Vinagre pelas suas fotos!
Desde já se começou a planear o futuro próximo: em Agosto costumam realizar-se “férias voluntárias”, mas este ano, dado ter-se cancelado uma jornada em Julho, já para não falar nas “da pandemia”, propõe-se realizar uma jornada extraordinária no dia 8 de Agosto para cuidar das árvores e arbustos plantados este ano, cuidado que consistirá sobretudo na rega.
Há voluntários disponíveis para Agosto? É o desafio.
Até breve.
Paulo Domingues