quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Investigação

Uma equipa de investigadores da Alemanha e do Sri Lanka desenvolveu um novo método para medir o impacto de cada espécie na biodiversidade local. Segundo os responsáveis, o novo modelo representa um salto na compreensão da complexidade dos ecossistemas pois permite determinar se uma espécie promove ou suprime a diversidade.
O novo método é uma extensão de um procedimento familiar aos biólogos que consiste em investigar o número de espécies em relação com a uma dada área. A este procedimento, conhecido por "relação espécies-área" ou "SAR", a equipa acrescentou métodos sofisticados de estatística para que a informação recolhida pudesse ser usada para descrever o papel de cada espécie ao nível da biodiversidade.
De acordo com os responsáveis, este novo procedimento, a que chamaram "relação espécies-área individual" ou "ISAR" torna mais fácil identificar as espécies-chave num determinado ecossistema, isto é, aquelas que têm uma função determinante.
"Conseguimos ver a diversidade do ecossistema através das espécies individuais", disse Andreas Huth, co-autor da investigação." Isto significa que no futuro vai ser mais fácil compreender o papel das espécies individuais no ecossistema e implementar medidas de protecção que tenham por alvo as espécies-chave de uma determinada área", afirmou o investigador. A equipa utilizou o novo método para analisar dados de duas florestas tropicais húmidas do Sri Lanka e do Panamá, que fazem parte de uma rede coordenada pelo Centro para a Ciência da Floresta Tropical (CTFS), do Instituto Smithsonian. Esta rede engloba uma dúzia de terrenos delimitados de florestas tropicais à volta do globo, alguns com mais de 50 hectares, e faz o mapeamento e monitorização de cada planta, da maior à mais pequena, existente no local.
Os investigadores compararam 40 mil árvores de grande porte da floresta de Barro Colorado Island, no Panamá, com a uma amostra semelhante da floresta de Sinharaja World Heritage Site, no Sri Lanka. Descobriram que mais de dois terços das espécies não marcavam de forma identificável a diversidade espacial. As restantes tinham algum impacto na biodiversidade local mas apenas nas áreas imediatamente circundantes, num raio de 20 metros. De acordo com a investigação, estes resultados vão ao encontro da "teoria neutral", que diz que as características das espécies são insignificantes para os atributos de algumas comunidades e têm um papel secundário na estabilidade e diversidade do ecossistema. Nas duas florestas tropicais analisadas não havia nenhuma espécie a estruturar a diversidade a grande escala, o que segundo os investigadores sugere que a interacção equilibrada entre espécies deve ser uma catacreteristas das florestas mais ricas. "Os investigadores da biodiversidade ainda não conseguiram chegar a um consenso sobre os processos que levam a um nível elevado de diversidade de espécies ou sobre que processos fazem com que esses sistemas complexos permaneçam estáveis", disse Thorsten Wiegand, um investigador envolvido.
No terreno do Panamá os investigadores detectaram mais espécies "repelentes" enquanto no Sri Lanka verificaram que havia um domínio de espécies "atraentes", isto é, das que promovem a biodiversidade. "Ainda não se sabe porque é que estas duas florestas são tão diferentes neste aspecto mas o nosso método é um salto na compreensão da complexidade da origem e manutenção das espécies nas florestas tropicais", salientou a investigadora Savitri Gunatilleke

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Diálogo de ministérios para gestão da floresta


Agricultura e Ambiente nos caminhos de eólicas contra fogos
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, defendeu ontem o diálogo com o Ministério do Ambiente para aproveitamento de estradas abertas para construção de parques eólicos, como barreiras contra o fogo. De visita a Castelo Branco, Jaime Silva foi confrontado no Núcleo Florestal da Beira Interior Sul com o facto de uma daquelas estradas existentes na zona ter de desaparecer depois de concluída a obra, para a cobertura vegetal original ser reposta. "Há essa problemática de caminhos que se fazem, onde não deviam ser feitos. Mas uma vez abertos, temos de pensar sempre numa gestão activa da floresta contra incêndios. E essa gestão activa pressupõe barreiras", sublinhou Jaime Silva.
"O ministério da Agricultura defende esses caminhos, respeitando os princípios da preservação do nosso património, que são os parques naturais. É possível conciliar as duas coisas", destacou Jaime Silva. "Há um diálogo que temos de cultivar entre diferentes departamentos do Estado", nomeadamente "entre o Ministério do Ambiente, Ministério da Agricultura e Direcção Geral das Florestas", defendeu o governante. Um diálogo entre várias entidades que Jaime Silva disse já ter dado provas de bons resultados com este Governo, nomeadamente "na aprovação dos Planos Regionais de Ordenamento Florestal para todo o país". "Mas é uma tradição que não existe. Há sempre uma rivalidade e direcções gerais que disputam poderes que não existem, mas disputam um bocado as zonas de influência", concluiu o ministro.
26-02-2008 Ka/Lusa

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Plantação de árvores no Parque Natural da Serra da Estrela

O Fapas promove uma acção de plantação de árvores no Parque Natural da Serra da Estrela, no dia 23 de Fevereiro.
A acção conta ainda com a colaboração da Câmara de Seia, Centro de Interpretação da Serra da Estrela e do Parque Natural.A concentração será em frente à Câmara de Seia pelas 10h00, seguindo-se depois em grupos para os locais escolhidos da serra da Estrela.Contactos:Telf: 22.200.24.72 Fax: 22.208.74.55Email: fapas@claranet.pt

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Falta de madeira no Pinhal ameaça empresas

É irónico, mas as empresas da região do Pinhal Interior chegam a ter que importar de Espanha e França metade da madeira de pinho que usam como matéria-prima», denuncia Carlos São Martinho, presidente da distrital do PSD de Castelo Branco. Pedindo a intervenção do Governo, o dirigente lança o alerta para a falta de pinheiros que ameaça encerrar empresas do sector da madeira no distrito. O social-democrata pede maior fiscalização para travar o abate de pinheiros na região e sua substituição por eucaliptos e critica algumas opções do Estado em matéria de gestão florestal.
Entre elas, questiona a venda de propriedades ao grupo Altri pela empresa pública Lazer e Floresta (do grupo Portucel). «É um exemplo grave. Os terrenos incluem centenas de hectares de pinhal que está a ser abatido para a indústria da celulose e esse risco paira sobre inúmeras outras propriedades», sublinha. «Enquanto isso, as serrações e fábricas de produtos de madeira suportam custos adicionais da matéria-prima importada e seu transporte. Não admira que algun (...)

10-02-2008
Ka/Lusa

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

IV seminário 'temas actuais de engenharia florestal',

IV seminário 'temas actuais de engenharia florestal', a 20 de fevereiro, dedicado às plantas invasorasRealiza-se dia 20 de Fevereiro de 2008, pelas 14h30 no Auditório das Ciências Florestais da UTAD, em Vila Real, o IV Seminário 'Temas Actuais de Engenharia Florestal', desta feita dedicado às Plantas Invasoras.A participação é gratuita, mas as inscrições são limitadas e devem ser efectuadas por e-mail para alunos.florestal.utad@gmail.com até ao dia 15 de Fevereiro.
PROGRAMA:
14.30. Plantas invasoras em Portugal - um caso de estudo: projecto INVADER IIHélia Marchante [ESAC]
15.00. As exóticas ou... bem-vindo Mr. Marshall!António Crespi [DEBA-UTAD]15.30. Plantas invasoras e recuperação de habitats: o caso da Acacia dealbata no P.N. Peneda-GerêsManuel José Fernandes [Bolseiro FCT]
16.00. Intervalo
16.20. Mata Nacional do Camarido: procura-se entidade capaz de garantir uma gestão continuada e com bom senso.João Bento [Dep.º Florestal-UTAD]
16.50. Mesa de discussão e encerramentoPode encontrar esta e outras notícias em: www.centropinus.org