Uma equipa de investigadores da Alemanha e do Sri Lanka desenvolveu um novo método para medir o impacto de cada espécie na biodiversidade local. Segundo os responsáveis, o novo modelo representa um salto na compreensão da complexidade dos ecossistemas pois permite determinar se uma espécie promove ou suprime a diversidade.
O novo método é uma extensão de um procedimento familiar aos biólogos que consiste em investigar o número de espécies em relação com a uma dada área. A este procedimento, conhecido por "relação espécies-área" ou "SAR", a equipa acrescentou métodos sofisticados de estatística para que a informação recolhida pudesse ser usada para descrever o papel de cada espécie ao nível da biodiversidade.
De acordo com os responsáveis, este novo procedimento, a que chamaram "relação espécies-área individual" ou "ISAR" torna mais fácil identificar as espécies-chave num determinado ecossistema, isto é, aquelas que têm uma função determinante.
"Conseguimos ver a diversidade do ecossistema através das espécies individuais", disse Andreas Huth, co-autor da investigação." Isto significa que no futuro vai ser mais fácil compreender o papel das espécies individuais no ecossistema e implementar medidas de protecção que tenham por alvo as espécies-chave de uma determinada área", afirmou o investigador. A equipa utilizou o novo método para analisar dados de duas florestas tropicais húmidas do Sri Lanka e do Panamá, que fazem parte de uma rede coordenada pelo Centro para a Ciência da Floresta Tropical (CTFS), do Instituto Smithsonian. Esta rede engloba uma dúzia de terrenos delimitados de florestas tropicais à volta do globo, alguns com mais de 50 hectares, e faz o mapeamento e monitorização de cada planta, da maior à mais pequena, existente no local.
Os investigadores compararam 40 mil árvores de grande porte da floresta de Barro Colorado Island, no Panamá, com a uma amostra semelhante da floresta de Sinharaja World Heritage Site, no Sri Lanka. Descobriram que mais de dois terços das espécies não marcavam de forma identificável a diversidade espacial. As restantes tinham algum impacto na biodiversidade local mas apenas nas áreas imediatamente circundantes, num raio de 20 metros. De acordo com a investigação, estes resultados vão ao encontro da "teoria neutral", que diz que as características das espécies são insignificantes para os atributos de algumas comunidades e têm um papel secundário na estabilidade e diversidade do ecossistema. Nas duas florestas tropicais analisadas não havia nenhuma espécie a estruturar a diversidade a grande escala, o que segundo os investigadores sugere que a interacção equilibrada entre espécies deve ser uma catacreteristas das florestas mais ricas. "Os investigadores da biodiversidade ainda não conseguiram chegar a um consenso sobre os processos que levam a um nível elevado de diversidade de espécies ou sobre que processos fazem com que esses sistemas complexos permaneçam estáveis", disse Thorsten Wiegand, um investigador envolvido.
No terreno do Panamá os investigadores detectaram mais espécies "repelentes" enquanto no Sri Lanka verificaram que havia um domínio de espécies "atraentes", isto é, das que promovem a biodiversidade. "Ainda não se sabe porque é que estas duas florestas são tão diferentes neste aspecto mas o nosso método é um salto na compreensão da complexidade da origem e manutenção das espécies nas florestas tropicais", salientou a investigadora Savitri Gunatilleke
O novo método é uma extensão de um procedimento familiar aos biólogos que consiste em investigar o número de espécies em relação com a uma dada área. A este procedimento, conhecido por "relação espécies-área" ou "SAR", a equipa acrescentou métodos sofisticados de estatística para que a informação recolhida pudesse ser usada para descrever o papel de cada espécie ao nível da biodiversidade.
De acordo com os responsáveis, este novo procedimento, a que chamaram "relação espécies-área individual" ou "ISAR" torna mais fácil identificar as espécies-chave num determinado ecossistema, isto é, aquelas que têm uma função determinante.
"Conseguimos ver a diversidade do ecossistema através das espécies individuais", disse Andreas Huth, co-autor da investigação." Isto significa que no futuro vai ser mais fácil compreender o papel das espécies individuais no ecossistema e implementar medidas de protecção que tenham por alvo as espécies-chave de uma determinada área", afirmou o investigador. A equipa utilizou o novo método para analisar dados de duas florestas tropicais húmidas do Sri Lanka e do Panamá, que fazem parte de uma rede coordenada pelo Centro para a Ciência da Floresta Tropical (CTFS), do Instituto Smithsonian. Esta rede engloba uma dúzia de terrenos delimitados de florestas tropicais à volta do globo, alguns com mais de 50 hectares, e faz o mapeamento e monitorização de cada planta, da maior à mais pequena, existente no local.
Os investigadores compararam 40 mil árvores de grande porte da floresta de Barro Colorado Island, no Panamá, com a uma amostra semelhante da floresta de Sinharaja World Heritage Site, no Sri Lanka. Descobriram que mais de dois terços das espécies não marcavam de forma identificável a diversidade espacial. As restantes tinham algum impacto na biodiversidade local mas apenas nas áreas imediatamente circundantes, num raio de 20 metros. De acordo com a investigação, estes resultados vão ao encontro da "teoria neutral", que diz que as características das espécies são insignificantes para os atributos de algumas comunidades e têm um papel secundário na estabilidade e diversidade do ecossistema. Nas duas florestas tropicais analisadas não havia nenhuma espécie a estruturar a diversidade a grande escala, o que segundo os investigadores sugere que a interacção equilibrada entre espécies deve ser uma catacreteristas das florestas mais ricas. "Os investigadores da biodiversidade ainda não conseguiram chegar a um consenso sobre os processos que levam a um nível elevado de diversidade de espécies ou sobre que processos fazem com que esses sistemas complexos permaneçam estáveis", disse Thorsten Wiegand, um investigador envolvido.
No terreno do Panamá os investigadores detectaram mais espécies "repelentes" enquanto no Sri Lanka verificaram que havia um domínio de espécies "atraentes", isto é, das que promovem a biodiversidade. "Ainda não se sabe porque é que estas duas florestas são tão diferentes neste aspecto mas o nosso método é um salto na compreensão da complexidade da origem e manutenção das espécies nas florestas tropicais", salientou a investigadora Savitri Gunatilleke
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