sábado, 28 de julho de 2018

Quercus chama a atenção para a presença de Espécies exóticas invasoras em Portugal, e para a Vespa-asiática em particular

28 de Julho - Dia Nacional da Conservação da Natureza


A Natureza envolve uma diversidade de ecossistemas onde o Homem está inserido, sendo por isso nos dias de a hoje a sua conservação entendida não apenas pelo seu valor Natural, mas principalmente pela função “mãe” de equilíbrio e estabilidade da Terra. A elevação do Homem como espécie dominante da Terra, levou-o a esquecer-se da dependência, direta ou indireta, dos valores e serviços oferecidos pela Natureza.. Entre estes, é importante realçar a relevância da biodiversidade, tanto para a estabilidade dos ecossistemas como para a vida quotidiana do Homem. No entanto, a biodiversidade está a ser ameaçada um pouco por todo o Planeta principalmente devido à ação e arrogância do Homem para com a Natureza.
O preocupante contínuo decréscimo da biodiversidade um pouco por todo o Mundo, tem-se apresentado como uma das maiores preocupações em termos de Conservação da Natureza. Portugal não foge à exceção e apresenta sérias ameaças à biodiversidade existentes no país, destacando-se a destruição e degradação de habitats, a poluição, as alterações climáticas, os incêndios e a proliferação de espécies invasoras.
A este nível, a Vespa Velutina, mais conhecida como Vespa asiática, é uma das espécies invasoras com mais crescimento em termos de população nos últimos anos e em termos de expansão no território, apresentando elevados impactos, tanto ao nível da biodiversidade como da agricultura. No ano de 2017 foram detetados aproximadamente 4500 ninhos em território nacional, mais do dobro do ano anterior, sendo que nos últimos 3 anos, em soma, foram detetados mais de 10 mil ninhos por todo o país. Referindo-se estes valores apenas aos ninhos detetados, a realidade pode ser bem mais preocupante, podendo ser três a quatro vezes superior ao conhecido no momento.
O crescimento galopante desta espécie invasora demonstra que as medidas previstas no Plano de Ação para a Vigilância e Controlo da Vespa Velutina são insuficientes ou mal aplicadas. A Quercus, a título de exemplo, tem conhecimento que existem Serviços da Proteção Civil que cobram à população para procederem à remoção de ninhos de Vespa Velutina.. Apesar de estes casos não representarem a maioria das situações, estes comportamentos por parte da Proteção Civil levam a que a população opte por tentar remover por si os ninhos, sem consulta de especialistas, arriscando a sua própria saúde e uma ineficiente remoção, ou até mesmo que a população deixe de relatar a existência de ninhos avistados

quarta-feira, 11 de julho de 2018

ENGENHEIRO(A) AGRÓNOMO, FLORESTAL OU DO AMBIENTE (M/F)


Procuramos um(a) Engenheiro(a) fortemente motivado(a) para fazer parte da equipa da ANEFA, em Lisboa, com boa apresentação, criatividade e que acredite no desenvolvimento do seu País.
Principais atividades a desempenhar:
• Auxiliar no desenvolvimento e implementação das ações de marketing e comunicação;
• Proceder à dinamização do website e das redes sociais;
• Apoio aos eventos organizados pela ANEFA;
• Apoio aos Associados;
• Apoio ao funcionamento da Associação.
Procuramos o seguinte perfil:
• Formação mínima ao nível de Licenciatura nas áreas de Ambiente, Agrícola ou Florestal;
• Disponibilidade para trabalhar durante a semana e aos fins-de-semana, sempre que necessário;
• Carta de condução;
• Bons conhecimentos na óptica do utilizador de Word, Excel, Power Point, Plataformas de gestão de e-mails, sites, etc.;
• Disponibilidade para deslocações;
• Fluência da língua inglesa;
• Dinâmico, proactivo, comercial, sentido de responsabilidade e com boa capacidade de relacionamento;
• Boa capacidade de planeamento e organização;
• Boa capacidade de comunicação (oral e escrita);
• Disponibilidade imediata;
• Ser elegível para estágio profissional do IEFP.
Oferecemos:
• Realização de estágio com possibilidade de vir a integrar os quadros da Associação, em condições a combinar, em função da experiência do candidato(a).
Enviar currículo para o e-mail: emprego.anefa@gmail.com até ao dia 29 de Julho de 2018.

quarta-feira, 4 de julho de 2018

1ª jornada de Verão



por Paulo Domingues
Depois de uma Primavera fresca e húmida, e de uma chegada do Verão na mesma “onda”, o dia 23 de Junho anunciava-se como um dia quente (exactamente o contrário do que tínhamos aspirado!), e não falhou a promessa: uma máxima de 33ºC em Belazaima, para fazer suar os voluntários. Iriam aguentar?
Com 13 voluntários em campo, a equipa dividiu-se durante a manhã entre corte de rebentos de eucalipto e arranque de mimosas na zona de Vale de Barrocas/Chão do Linho. No Vale de Barrocas as toiças já vão bem a caminho de “desistirem” de rebentar, fruto do corte repetido a que têm sido sujeitas. A norte do ribeiro (Chão do Linho) ainda se encontra alguma germinação de mimosa, sobretudo na área ardida em 2017, mas, salvo excepções, e fruto da presença continuada dos voluntários, já se encontra bastante controlada. Tratou-se assim de percorrer a área, detectar as ocorrências e agir.
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Área para procurar mimosas.

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Voluntária tenta encontrar mimosas. Onde estarão? Procure na foto!

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Os carvalhos do Chão do Linho

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Na encosta do lado sul do ribeiro, os rebentos de eucaliptos alvo dos machados dos voluntários

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Andamos muito atentos a fungos e cogumelos!

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Um carvalho plantado

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Um carvalho nascido em plena toiça de eucalipto!

Já a manhã ia avançada, a equipa chegou a uma mancha onde as mimosas ainda se encontram com grande densidade. Aqui a estratégia foi arrancar as que podiam ser arrancadas e deixar as restantes para posterior intervenção. Finalmente, já com o calor do meio dia a apertar, arrancaram-se mimosas na pequena mancha de carvalhal de Chão do Linho, aqui invariavelmente plantas germinadas por acção do fogo de 2017. Devido ao ensombramento que aqui têm, estas plantas cresceram pouco, mas também por isso se arrancam facilmente. As águas frescas e cristalinas do ribeiro a correrem logo ali eram um grande atractivo, e houve voluntários que até no leito do ribeiro vislumbravam mimosas (ou seria miragem?!). Em todo o caso, a verdade é que uma voluntária acabou na água, quer dizer, como todo o corpo na água!
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Numa zona de mimosas mais densas

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Uma vista geral da área em intervenção

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Outra perspectiva dos carvalhos do Chão do Linho (L)

Mas, incidentes aquáticos à parte, a verdade é que o ambiente ribeirinho estava animado: as temperaturas elevadas proporcionaram o avistamento de libelinhas várias, pelo menos uma delas mais raramente avistada, e outros seres pouco observados. E também se soube, por via de uns investigadores que por aqui andavam, que o ribeiro abriga mais espécies anfíbias do que suspeitávamos… Mas detalhes ficarão para momento oportuno!
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Uma libelinha comum (gaiteiro-azul), mas que vale sempre a pena voltar a observar!

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Gaiteiro-azul (fêmea) em busca de parceiro (supõe-se...)

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Uma observação muito mais rara (libelinha vermelha pequena?)

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Uma vespa invulgar, em batón-azul

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Erica cinerea, uma das urzes de floração prolongada

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Erica ciliaris, uma urze que está em flor todo o Verão

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Uma borboleta de ocorrência habitual, mas sempre bem-aparecida (Melitaea phoebe?)

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Estamos realmente muito atentos aos decompositores...

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E cá está mais um!

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Não conseguimos perceber muito bem o que se passou aqui: se alguém conseguir explicar...

Como estava muito calor e a refeição era de tacho, decidiu-se voltar à base da Quinta das Tílias para o almoço. A comida estava muito boa e as cozinheiras foram também voluntárias (uma delas aparece na foto...). Agradecemos as suas contribuições.
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O grupo tirou a foto a seguir ao almoço. Mas um voluntário tinha adormecido e não ficou nela!

À tarde, a equipa deslocou-se mais para montante, para continuar a arrancar mimosas no corredor ribeirinho da Mata da Altri Florestal, partindo do ponto onde se tinha terminado na última jornada de Primavera. Mas não sem antes fazer uma sesta debaixo dos carvalhos do Chão do Linho, desta vez mais estendida do que tem acontecido até aqui, dadas as temperaturas elevadas que se faziam sentir. E que bem que soube!
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O regenerador relaxamento, a seguir ao almoço (L)

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O ribeiro, numa perspectiva da Liliana (L)

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Os trabalhos da tarde decorreram entre mimosas (L)

Depois, e à medida que ia refrescando, os trabalhos foram decorrendo com mais vivacidade, embora o terreno difícil também fosse um desafio. Mas já podíamos confirmar: todos os voluntários sobreviveram sem baixas a este dia quente!
Obrigado a todos os voluntários e à Liliana (L) pelas suas fotos. Ainda há duas jornadas antes das férias voluntárias. Depois só reiniciamos em Setembro. Até breve!
Paulo Domingues

terça-feira, 3 de julho de 2018