Depois de uma Primavera fresca e húmida, e de uma chegada do Verão na mesma “onda”, o dia 23 de Junho anunciava-se como um dia quente (exactamente o contrário do que tínhamos aspirado!), e não falhou a promessa: uma máxima de 33ºC em Belazaima, para fazer suar os voluntários. Iriam aguentar?
Com 13 voluntários em campo, a equipa dividiu-se durante a manhã entre corte de rebentos de eucalipto e arranque de mimosas na zona de Vale de Barrocas/Chão do Linho. No Vale de Barrocas as toiças já vão bem a caminho de “desistirem” de rebentar, fruto do corte repetido a que têm sido sujeitas. A norte do ribeiro (Chão do Linho) ainda se encontra alguma germinação de mimosa, sobretudo na área ardida em 2017, mas, salvo excepções, e fruto da presença continuada dos voluntários, já se encontra bastante controlada. Tratou-se assim de percorrer a área, detectar as ocorrências e agir.
Já a manhã ia avançada, a equipa chegou a uma mancha onde as mimosas ainda se encontram com grande densidade. Aqui a estratégia foi arrancar as que podiam ser arrancadas e deixar as restantes para posterior intervenção. Finalmente, já com o calor do meio dia a apertar, arrancaram-se mimosas na pequena mancha de carvalhal de Chão do Linho, aqui invariavelmente plantas germinadas por acção do fogo de 2017. Devido ao ensombramento que aqui têm, estas plantas cresceram pouco, mas também por isso se arrancam facilmente. As águas frescas e cristalinas do ribeiro a correrem logo ali eram um grande atractivo, e houve voluntários que até no leito do ribeiro vislumbravam mimosas (ou seria miragem?!). Em todo o caso, a verdade é que uma voluntária acabou na água, quer dizer, como todo o corpo na água!
Mas, incidentes aquáticos à parte, a verdade é que o ambiente ribeirinho estava animado: as temperaturas elevadas proporcionaram o avistamento de libelinhas várias, pelo menos uma delas mais raramente avistada, e outros seres pouco observados. E também se soube, por via de uns investigadores que por aqui andavam, que o ribeiro abriga mais espécies anfíbias do que suspeitávamos… Mas detalhes ficarão para momento oportuno!
Como estava muito calor e a refeição era de tacho, decidiu-se voltar à base da Quinta das Tílias para o almoço. A comida estava muito boa e as cozinheiras foram também voluntárias (uma delas aparece na foto...). Agradecemos as suas contribuições.
À tarde, a equipa deslocou-se mais para montante, para continuar a arrancar mimosas no corredor ribeirinho da Mata da Altri Florestal, partindo do ponto onde se tinha terminado na última jornada de Primavera. Mas não sem antes fazer uma sesta debaixo dos carvalhos do Chão do Linho, desta vez mais estendida do que tem acontecido até aqui, dadas as temperaturas elevadas que se faziam sentir. E que bem que soube!
Depois, e à medida que ia refrescando, os trabalhos foram decorrendo com mais vivacidade, embora o terreno difícil também fosse um desafio. Mas já podíamos confirmar: todos os voluntários sobreviveram sem baixas a este dia quente!
Obrigado a todos os voluntários e à Liliana (L) pelas suas fotos. Ainda há duas jornadas antes das férias voluntárias. Depois só reiniciamos em Setembro. Até breve!
Paulo Domingues
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