A propósito do lançamento do extracto bancário, o BES lançou uma campanhanas rádios onde se pode escutar uma música em cuja letra constam asseguintes frases: “Ele era lenhador, vivia bem, a mãe natureza não era a sua mãe” “Aderiu ao extracto digital, e plantar árvores é [agora] o seu emprego” A mensagem contida e subentendida nestas frases, além de errada, é ofensivapara os cerca de 400.000 proprietários florestais, para os empreiteirosflorestais e para os 5.000 trabalhadores de uma indústria que contribui com2% do PIB nacional. A mensagem é errada e ofensiva pelas seguintes razões:
1. Pressupõe que cortar árvores é uma actividade que destrói anatureza. Na actividade florestal as árvores são plantadas, mantidas ecortadas, após o que se segue um novo ciclo de plantação. Prova de que aactividade florestal é benéfica para a floresta em geral é o facto de quedesde finais do século 19 a floresta portuguesa não parou de aumentar deárea, associada ao crescimento constante das indústrias que lhe estão ajusante, seja na pasta e papel, na serração, nos painéis de madeira ou nacortiça.
2. É o consumo de madeira e a remuneração que lhe está afecta quepermite gerar os recursos financeiros para pagar as actividades demanutenção florestal e de protecção contra incêndios. Retirar estaremuneração por redução do consumo de madeira resultará em mais abandono daactividade florestal e consequentemente em maior degradação florestal, e nãoo oposto como é sugerido.
3. As florestas de produção são geralmente plantadas com esse efeito.Em Portugal é nulo o uso de florestas com grande valor de conservação paraprodução industrial. A ausência de consumidor resultará, neste como noutrossectores, na redução de oferta, isto é, na redução de área florestal.
4. Assim e em conclusão, nem a actividade de “lenhador” é passível decondenação social nem está dissociada ou em oposição da actividade de“plantador”, como o vosso jingle sugere. São duas faces duma mesma moeda.
5. A iniciativa do BES de plantar 1 árvore por cada extracto bancário parece ser significativa, mas permite (com 100% de adesão) plantar cerca de1.600ha de floresta, um contributo modesto para a recuperação dos1.300.000ha com que o BES se diz imensamente preocupado.
6. O custo financeiro desta campanha, se usado de forma alternativa emplantação de árvores, poderia seguramente transformar esta contribuiçãosimbólica numa contribuição realmente visível. Assim, penso que seria apenas justo exigir que o BES retire esta campanha deantena e que mobilize os seus recursos para acções pelo ambiente que sejamefectivas e não apenas “publicidade esverdeada”.
PS: Se partilha desta opinião faça ouvir a sua voz junto de satisfacao@bes.pt
1. Pressupõe que cortar árvores é uma actividade que destrói anatureza. Na actividade florestal as árvores são plantadas, mantidas ecortadas, após o que se segue um novo ciclo de plantação. Prova de que aactividade florestal é benéfica para a floresta em geral é o facto de quedesde finais do século 19 a floresta portuguesa não parou de aumentar deárea, associada ao crescimento constante das indústrias que lhe estão ajusante, seja na pasta e papel, na serração, nos painéis de madeira ou nacortiça.
2. É o consumo de madeira e a remuneração que lhe está afecta quepermite gerar os recursos financeiros para pagar as actividades demanutenção florestal e de protecção contra incêndios. Retirar estaremuneração por redução do consumo de madeira resultará em mais abandono daactividade florestal e consequentemente em maior degradação florestal, e nãoo oposto como é sugerido.
3. As florestas de produção são geralmente plantadas com esse efeito.Em Portugal é nulo o uso de florestas com grande valor de conservação paraprodução industrial. A ausência de consumidor resultará, neste como noutrossectores, na redução de oferta, isto é, na redução de área florestal.
4. Assim e em conclusão, nem a actividade de “lenhador” é passível decondenação social nem está dissociada ou em oposição da actividade de“plantador”, como o vosso jingle sugere. São duas faces duma mesma moeda.
5. A iniciativa do BES de plantar 1 árvore por cada extracto bancário parece ser significativa, mas permite (com 100% de adesão) plantar cerca de1.600ha de floresta, um contributo modesto para a recuperação dos1.300.000ha com que o BES se diz imensamente preocupado.
6. O custo financeiro desta campanha, se usado de forma alternativa emplantação de árvores, poderia seguramente transformar esta contribuiçãosimbólica numa contribuição realmente visível. Assim, penso que seria apenas justo exigir que o BES retire esta campanha deantena e que mobilize os seus recursos para acções pelo ambiente que sejamefectivas e não apenas “publicidade esverdeada”.
PS: Se partilha desta opinião faça ouvir a sua voz junto de satisfacao@bes.pt
Nenhum comentário:
Postar um comentário