Quer no próprio site da IUCN, quer no Guardian, o ex-nosso Lince-ibérico é o cabeça de cartaz desta triste serie de tele-filmes de desleixo que nos fala da extinção de espécies e da perda de biodiversidade. Às vez ainda é preciso sublinhar que mais importante que a sobrevivência, por exemplo, do Lince-ibérico em concreto, é a manutenção, proteção e conservação dos últimos pedaços de matagal mediterrânico que sobram na peninsula-ibérica. O Lince-ibérico é muito importnte porque além de ser, salvo melhor opinião (que não estou a ver) o bicho mais bonito do mundo, é também o primeiro a desaparecer de um local quando este começa a dar sinais de excesso de pressão humanizadora. O Lince-ibérico é utilizado pela direita como símbolo do ridículo que é priorizar um bicho que nunca ninguém viu em detrimento das pessoas, e pela esquerda para falar mal do capitalismo e das politicas neo-liberais. No meio disto (onde ainda assim se prefere a direita), pode ser que os espanhois um dia nos emprestem dois ou três dos seus linces para irem vegetar para o vergonhoso jardim zoológico de Silves, construido com dinheiro de uma obra (a barragem de odelouca) que vai fragmentar precisamente aqueles habitats que deviam servir de último reduto da espécie em Portugal
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