Já vamos na quarta jornada voluntária de Inverno e, com Fevereiro a encaminhar-se para o fim, já começa a “cheirar” a Primavera. Foi assim que, com o lote de árvores disponíveis para este ano a esgotar-se rapidamente, 10 voluntários se deslocaram até ao Vale de Barrocas para mais uma jornada de plantação.
Eis como esta promissora área de intervenção se apresenta neste momento:
1) em pouco mais de 4 ha já plantados no ano passado mas que foram seriamente afectados pelo incêndio de Abril de 2017, fizeram-se sementeiras de bolota, deste modo, para já não iríamos plantar aqui muitas árvores até ver o sucesso da plantação.
2) em cerca de 2 ha adicionados este ano, e que tinham previamente eucaliptal, semearam-se também bolotas e castanhas.
3) em 7,5 ha de eucaliptal já cortado (parcela do "Pé Torto") ainda nada se fez pois é necessário desvitalizar a maior parte das toiças. Bem, realmente já se descascaram mimosas na zona ribeirinha.
4) há ainda entre 1,6 e 3,2 ha de eucaliptal ainda não cortado
5) cerca de 0,6 ha serão plantados (pela Quinta das Tílias) com medronhal para fruto, estando já o solo a ser preparado para tal.
6) em duas áreas com cerca de 0,4 ha houve operações mecânicas de arranque de toiças de eucalipto (giratória com enxó), sendo que nestas áreas não se semeou.
Deste modo, o principal alvo das nossas atenções neste dia foram estes 0,4 ha em que houve arranque de toiças. A primeira área era uma encosta voltada para poente, em que se plantou sobretudo sobreiro e medronheiro, mas também carvalho-roble e carvalho-negral. Este foi um trabalho para a manhã.
À tarde, e já com dois voluntários a menos, a equipa dividiu-se em agrupamento feminino e agrupamento masculino. O feminino ficou a acabar a área da manhã, enquanto o masculino trabalhou em torno do braço principal do Vale de Barrocas, plantando castanheiros. Finalmente, os dois agrupamentos acabaram as árvores disponíveis na segunda área mobilizada, a montante de um grande barranco onde é explorada a água de uma das nascentes que aqui existe.
Quando as árvores terminaram a equipa ainda se deslocou até outro vale, aquele que se encontra com o ribeiro em torno da famosa pequena mancha de carvalhos grandes que aqui sobreviveu ao longo das últimas décadas. Não havia melhor cenário para terminar, embora aqui o trabalho fosse, de certa forma, o inverso do anterior: cortar rebentos de eucalipto! Ainda não iríamos acabar com eles: uma pequena mancha ainda ficou para outro dia, numa área em que se combinam os declives elevados com uma série de pequeníssimas antigas leiras agrícolas que se sucedem pelo vale acima. Num cenário que por certo ainda voltará a ser belo outra vez, identificaram-se as ruínas de uma velha casa a alimentar a imaginação de alguns dos participantes.
E assim terminou em beleza mais uma jornada voluntária. Tinha sido um dia muito produtivo! Obrigado a todos os voluntários e à Margarida pelas fotos da sua autoria (MF). Se sair um video, será acrescentado aqui.
que Deus vos ajude, e que chova para que as novas árvores enraízem facilmente :)
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