domingo, 2 de dezembro de 2007

Aumento da área florestal pode garantir cumprimento de metas de redução

Aumento da área florestal pode garantir cumprimento de metas de redução
de
emissões

Estudo finlandês diz que as árvores europeias estão a absorver mais
carbono

30.11.2007 - 12h39 PUBLICO.PT



As árvores da União Europeia (UE) estão a absorver mais dióxido de
carbono
desde 1990, segundo um estudo de investigadores da Universidade de
Helsínquia, segundo o qual o aumento das áreas florestadas pode ser a
solução para a UE cumprir os 20 por cento de redução de emissões até
2020.

O estudo, coordenado por Pekka Kauppi e publicado na revista britânica
"Energy Policy", revela que entre 1990 e 2005, as árvores nos 27 Estados
membros absorveram mais 126 milhões de toneladas de carbono, uma
quantidade
equivalente a onze por cento das emissões.

Os níveis de absorção variam entre os dez por cento nos 15 Estados
membros
mais antigos - incluindo a Áustria, Bélgica e Dinamarca - e os 15 por
cento
nos 12 Estados membros mais recentes, incluindo a Estónia, Hungria e
Eslováquia.

Kauppi, citado pelo jornal "The Guardian", diz que a taxa de absorção é
hoje
duas vezes maior do que os cinco por cento que a sua equipa calculou em
1992. Os investigadores calcularam o sequestro de carbono a partir da
densidade das árvores, biomassa e carbono atmosférico armazenado.

"As boas notícias são que as árvores são mecanismos extremamente
eficientes
para a captura e armazenamento de carbono", comentou Kauppi. O co-autor
Aapo
Rautiainen salientou que o impacto das árvores "na redução do carbono na
atmosfera pode muito bem ser duas vezes maior do que a redução
conseguida
através da utilização da energia renovável na Europa dos nossos dias".

Os investigadores sugerem que os governos europeus, além de se
preocuparem
só com as emissões da queima dos combustíveis fósseis, devem olhar para
a
política agrícola e florestal, bem como a gestão dos resíduos, para
reforçar
a biomassa dos ecossistemas como um "sumidouro de carbono". Uma das
ideias
dos autores do estudo é conceder "créditos" para a expansão das
florestas,
no âmbito do esforço europeu para a redução das emissões até 2020

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