Apresentados resultados do projeto LIFE+ “HIGRO”:
Conservar habitats prioritários de montanha deve ser uma prioridade na atribuição de apoios públicos e comunitários
Decorreu no passado dia 30 de Maio, em Vila Pouca de Aguiar, o Workshop "Conservação e restauro de habitats prioritários de montanha e biodiversidade associada" para apresentação dos resultados do projeto "HIGRO – Ações demonstrativas para a conservação de habitats prioritários de montanha no norte de Portugal”, cofinanciado pelo Programa LIFE+ da União Europeia.
Esta iniciativa, que recebeu o apoio do Município de Vila Pouca de Aguiar, teve por objetivo disseminar os resultados da monitorização e avaliação das ações de gestão implementadas em cerca de 161 hectares de baldios e terrenos particulares, distribuídos por três Sítios da Rede Natura 2000 (“Alvão-Marão”, Serra de Montemuro e “Serra de Arga”) e seis municípios (Vila Pouca de Aguiar, Mondim de Basto, Castro Daire, Resende, Viana do Castelo e Caminha).
Pretendeu-se ainda promover a troca de ideias sobre a conservação de duas comunidades vegetais - cervunais (1) e urzais-tojais higrófilos (2) - e biodiversidade associada, debater propostas/modelos/soluções para a adequada remuneração dos serviços de manutenção da biodiversidade prestados pelas comunidades locais. O envolvimento de técnicos nacionais e espanhóis ligados ao desenvolvimento rural e à conservação dos espaços de montanha permitiu uma reflexão mais abrangente sobre as soluções que podem promover os serviços de cuidar da biodiversidade, assim como melhorou a possibilidade de replicação das metodologias implementadas no âmbito do HIGRO.
Os representantes do CIMO (Centro de Investigação de Montanha), CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos), TAGIS (Centro de Conservação das Borboletas de Portugal), DRAP do Norte (Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte) e CENTrum (Educationis et Investigationis Oecologiae), abordaram quatro temas principais.
1. Efeitos das ações de gestão na flora, vegetação e invertebrados presentes nas áreas do HIGRO.
2. Diversidade de plantas, aracnídeos, borboletas, libélulas e libelinhas nos mosaicos de habitats prioritários - SIC Serra de Arga, Alvão/Marão e Serra de Montemuro.
3. Relação entre o homem, a genciana-das-turfeiras e a borboleta-azul-das-turfeiras.
4. Prados e pastagens nas montanhas e pastoreio extensivo nesses espaços, pagamento ecológico (Greening) da nova PAC e Medidas Agroambientais.
A visita de campo às áreas do HIGRO no baldio de Afonsim, serviu para visualizar e debater in loco as ações desenvolvidas e o impacte das mesmas, bem como para os convidados apresentarem resultados de outros projetos análogos cujos conhecimentos partilhados foram bastante relevantes para a discussão.
Neste contexto, e considerando a dependência que estes habitats têm das atividades humanas, em particular do pastoreio, e também dos riscos de degradação que serão potenciados pelas alterações climáticas, a Quercus exige que seja dada particular atenção por parte dos poderes públicos a políticas de apoio e incentivos às atividades que mantêm a biodiversidade, sob pena de se assistir a uma regressão acentuada destes habitats naturais e seminaturais e a cortes no fornecimento de alguns serviços dos ecossistemas (benefícios), como a regulação climática, a reciclagem dos nutrientes, o sequestro de carbono e dos agentes poluentes, a regulação do ciclo da água e o fornecimento desta em abundância e qualidade às áreas de menor altitude, entre outras.
Esta iniciativa, que recebeu o apoio do Município de Vila Pouca de Aguiar, teve por objetivo disseminar os resultados da monitorização e avaliação das ações de gestão implementadas em cerca de 161 hectares de baldios e terrenos particulares, distribuídos por três Sítios da Rede Natura 2000 (“Alvão-Marão”, Serra de Montemuro e “Serra de Arga”) e seis municípios (Vila Pouca de Aguiar, Mondim de Basto, Castro Daire, Resende, Viana do Castelo e Caminha).
Pretendeu-se ainda promover a troca de ideias sobre a conservação de duas comunidades vegetais - cervunais (1) e urzais-tojais higrófilos (2) - e biodiversidade associada, debater propostas/modelos/soluções para a adequada remuneração dos serviços de manutenção da biodiversidade prestados pelas comunidades locais. O envolvimento de técnicos nacionais e espanhóis ligados ao desenvolvimento rural e à conservação dos espaços de montanha permitiu uma reflexão mais abrangente sobre as soluções que podem promover os serviços de cuidar da biodiversidade, assim como melhorou a possibilidade de replicação das metodologias implementadas no âmbito do HIGRO.
Os representantes do CIMO (Centro de Investigação de Montanha), CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos), TAGIS (Centro de Conservação das Borboletas de Portugal), DRAP do Norte (Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte) e CENTrum (Educationis et Investigationis Oecologiae), abordaram quatro temas principais.
1. Efeitos das ações de gestão na flora, vegetação e invertebrados presentes nas áreas do HIGRO.
2. Diversidade de plantas, aracnídeos, borboletas, libélulas e libelinhas nos mosaicos de habitats prioritários - SIC Serra de Arga, Alvão/Marão e Serra de Montemuro.
3. Relação entre o homem, a genciana-das-turfeiras e a borboleta-azul-das-turfeiras.
4. Prados e pastagens nas montanhas e pastoreio extensivo nesses espaços, pagamento ecológico (Greening) da nova PAC e Medidas Agroambientais.
A visita de campo às áreas do HIGRO no baldio de Afonsim, serviu para visualizar e debater in loco as ações desenvolvidas e o impacte das mesmas, bem como para os convidados apresentarem resultados de outros projetos análogos cujos conhecimentos partilhados foram bastante relevantes para a discussão.
Neste contexto, e considerando a dependência que estes habitats têm das atividades humanas, em particular do pastoreio, e também dos riscos de degradação que serão potenciados pelas alterações climáticas, a Quercus exige que seja dada particular atenção por parte dos poderes públicos a políticas de apoio e incentivos às atividades que mantêm a biodiversidade, sob pena de se assistir a uma regressão acentuada destes habitats naturais e seminaturais e a cortes no fornecimento de alguns serviços dos ecossistemas (benefícios), como a regulação climática, a reciclagem dos nutrientes, o sequestro de carbono e dos agentes poluentes, a regulação do ciclo da água e o fornecimento desta em abundância e qualidade às áreas de menor altitude, entre outras.
Lisboa, 2 de junho de 2014
A Direção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
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