Apenas 52% dos cursos de água portugueses cumprem o “estado bom” da água requerido pela legislação europeia, de acordo com o diagnóstico do novo Plano Nacional da Água.
O relatório explica que pouco menos de metade dos rios e albufeiras do país ainda está poluída ou razoavelmente alterada – quando já passam 15 anos após a adopção de uma directiva europeia que pretendia que todos os cursos de água estivessem limpos em 2015.
Segundo o Público, na bacia do Guadiana a proporção de massas de água que não atingem o estado bom chega a 61%. Nas bacias do Sado e Mira o valor é de 57% e na região do Tejo e Oeste, responsáveis por um terço do consumo de água do país, cerca de 51%.
A directiva-quadro da água previa que o estado bom dos rios, lagos e albufeiras fosse atingido em 2015. Mas admitia a prorrogação do prazo até 2027, em casos justificados, se fosse tecnicamente impossível fazer tudo em 15 anos ou se os custos fossem desproporcionalmente elevados.
Segundo o secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, nenhum país europeu conseguiu atingir ao 100% de qualidade de água nos rios e albufeiras em 2015. Por outro lado, Portugal compromete-se a fazê-lo até 2027, atingindo um nível de 73% já em 2021.
O Plano Nacional da Água revela também grandes lacunas na monitorização do que se passa nos recursos hídricos. Somente em duas regiões hidrográficas a rede de estações de medição cobre mais de 50% dos cursos de água: nas bacias do Minho e Lima (57%) e nas ribeiras do Algarve (67%), avança o Público.
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