| Destruição de floresta natural para plantação ilegal de eucaliptos em Parque Natural
ICNB sem meios de fiscalização |
A Quercus recebeu diversas denúncias sobre a destruição de uma área de floresta natural, dominada por espécies protegidas como o sobreiros e azinheiras no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, junto a Casais da Moreta, freguesia de Monsanto, no concelho de Alcanena. No local foram plantados recentemente eucaliptos, sendo todas estas acções efectuadas ilicitamente por um proprietário privado, sem que o serviço de vigilância do Parque Natural tivesse actuado atempadamente para impedir a intervenção.
Após as denúncias a Quercus alertou as entidades fiscalizadoras, nomeadamente o Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente da GNR e os serviços do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros do Instituto da Conservação da Natureza e Biodiversidade (PNSAC-ICNB), para actuarem prontamente.
A Quercus esteve no local e constatou a gravidade da situação
A Quercus deslocou-se ontem ao local onde as máquinas tinham preparado o terreno nos últimos meses e estava quase terminada a instalação do eucaliptal numa área com cerca de uma dezena de hectares.
O sítio localiza-se em área protegida do Maciço Calcário Estremenho, encontrando-se dezenas de troncos de sobreiros e azinheiras abatidas ilegalmente, tendo grande parte dos cepos e da restante vegetação mediterrânica natural sido destruídos com a mobilização dos solos, situação que consideramos absolutamente inaceitável num Parque Natural.
Constatou-se alguma contestação social nas aldeias próximas dado que as pessoas discordam da destruição da serra para plantação de uma monocultura de eucaliptos que afecta negativamente a paisagem e a biodiversidade.
Quercus exige reposição da situação anterior à infracção
Esta acção viola a regulamentação do Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, a legislação de protecção ao sobreiro e azinheira e não tem parecer do PNSAC/ICNB, revelando uma falta de vigilância dos serviços do Parque Natural.
Neste sentido, para além do levantamento dos respectivos autos de notícia por contra-ordenação, a Quercus exige que as autoridades notifiquem o proprietário para repor a situação anterior à infracção, arrancando os eucaliptos e plantando sobreiros e azinheiras.
Lisboa, 19 de Maio de 2010
A Direcção Nacional da Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza e
Núcleo Regional do Ribatejo e Estremadura da Quercus
Para mais informações contactar:
Domingos Patacho – Presidente do Núcleo do Ribatejo e Estremadura:
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