sexta-feira, 25 de abril de 2008

Arganil: Produtores aguardam informações sobre nemátode*

A Associação de Produtores Florestais de Arganil (APFA) vai aguardar que
a Direcção Geral de Recursos Florestais (DGRF) emita editais sobre a
quantidade de pinheiros a abater por causa do nemátode para tomar medidas.

Rui Dinis, presidente da Associação, disse que o «problema é grave», mas
que ainda não há «noção do número de árvores a abater», pelo que há que
informar e explicar a situação aos produtores.

Cerca de 80 produtores reuniram-se quarta-feira na Freguesia de Sarzedo,
numa sessão de esclarecimento promovida por aquela Associação, em que
participaram também os presidentes da Junta de Freguesia e da Câmara de
Arganil, e um representante da Forestis - Associação Florestal de Portugal.

«Promovemos esta reunião para acalmar as pessoas, que ainda não sabem
bem o que se está a passar, e explicar de forma pedagógica a legislação
em vigor e a portaria publicada do Ministério da Agricultura por causa
da doença dos pinheiros», referiu Rui Dinis.

Em comunicado divulgado sexta-feira, o Ministério da Agricultura, do
Desenvolvimento Rural e das Pescas anunciou que «foram detectados
exemplares de pinheiros-bravos infectados» com nemátode em povoamentos
dos Concelhos de Arganil e Lousã, Distrito de Coimbra, o que foi
confirmado através de «análises realizadas em amostras recolhidas».

O presidente da Associação adiantou à Lusa que a Direcção Geral de
Recursos Florestais está no terreno com sete equipas a recolher amostras
em cerca de 400 parcelas de terreno com pinheiros, acrescentando que «só
vão tomar medidas quando souberem a dimensão do problema».

Os produtores de Arganil e Lousã que tenham pinheiros afectados pela
praga do nemátode terão dez dias úteis, após notificação pessoal do
Ministério da Agricultura, para abater as árvores doentes, de acordo com
a portaria do Ministério da Agricultura.

«Queremos estar ao lado dos produtores, pois estamos numa zona de
minifúndio, com pessoas envelhecidas e com fracos recursos económicos»,
sublinhou Rui Dinis, referindo que a Associação a que preside «pretende
ajudar na resolução do problema».

O abate e remoção das árvores infectadas é da responsabilidade dos
proprietários, usufrutuários e rendeiros mas, se tal não se verificar, o
Estado encarrega-se do corte.

Diário Digital / Lusa

24-04-2008 6:59:00

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