O Governo quer diminuir a área de floresta ardida para menos de 100 mil
hectares já em 2012, de forma a que, seis anos depois, ela se restrinja
a menos de 40 mil hectares. Foi essa a razão que levou o Ministério da
Agricultura a assinar, ontem, no Porto, contratos de colaboração com
sete instituições e a investir 100 milhões de euros em programas que
visem um melhor ordenamento e mais sustentabilidade e protecção às áreas
florestais.
O ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, Jaime
Silva, anunciou a publicação, hoje, em "Diário da República", da
abertura de concurso ao abrigo do Quadro de Referência Estratégico
Nacional para projectos que tenham como objectivo melhorar o ordenamento
e a sustentabilidade da floresta, assim como visem o combate aos incêndios.
"É o início de grandes investimentos para os quais estão destinados 100
milhões de euros a fundo perdido. Temos sete anos para dar o salto
qualitativo", realçou. Assim, o ministro sublinhou a importância da
assinatura de sete contratos de colaboração com outras tantas
instituições, no âmbito do Plano Nacional de Defesa da Floresta Contra
Incêndios.
Por seu turno, o ministro de Estado e da Administração Interna, Rui
Pereira, considerou, mais tarde, em Vila Verde, que Portugal dispõe,
este ano, de um "dispositivo maior" e "mais eficiente" no combate aos
incêndios florestais. O membro do Governo referia-se aos reforço de
meios, logísticos e humanos, nas missões de segurança e protecção civil,
revelando, a propósito, que, em 2008, estão disponíveis, no terreno, 56
meios aéreos, 2300 viaturas e 9600 efectivos.
"Temos hoje uma estrutura que permite uma boa cooperação entre todos os
agentes da área da protecção civil", disse. Rui Pereira enalteceu o
trabalho da Autoridade Nacional da Protecção Civil, que, nos últimos
anos, "tem-se revelado uma estrutura eficaz", através do Comando
Operacional de Socorro e os seus serviços descentralizados pelo país.
Aproveitou o momento para fazer referência à boa cooperação
institucional entre as várias forças na protecção da natureza e
Ambiente, nomeadamente a GNR, PSP, bombeiros e sapadores florestais.
O ministro de Estado e da Administração Interna presidiu, em Vila Verde,
à cerimónia de abertura do Curso de Formação de Combate a Incêndios,
promovido pela INOVINTER (Centro de Formação criado entre o Centro de
Emprego e a CGTP). Uma acção-piloto que arranca com a criação do
sub-pólo de Mós, no concelho vilverdense, cuja formação centra-se na
prevenção ambiental e combate a incêndios.*Duarte Silva* aponta metas
Rui Pereira sublinhou que, em matéria de protecção civil, a formação "é
essencial para vencer o combate dos incêndios florestais".JN
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