25.03.2010
Lusa
A floresta da Amazónia vai ser dividida em dez regiões e para cada uma será adoptada uma estratégia para evitar a degradação ambiental, de acordo com um projecto apresentado pelo ministro do Meio Ambiente brasileiro.
De acordo com o jornal “FolhaOnline”, o projecto de Carlos Minc, chamado de ‘Macrozoneamento Ecológico Económico’, vai adoptar uma estratégia diferente para cada uma das dez regiões, para “regular as actividades económicas e evitar a degradação ambiental”.
“O estudo, que levou dois anos para ficar pronto, inclui uma recomendação ao Conselho Monetário Nacional para que, em algumas áreas, haja restrições para financiamentos à pecuária e ao agronegócio”, refere o jornal.
Por seu lado, a edição online do “Estadão” afirma que o projecto de Carlos Minc “quebra vários tabus e ressuscita alguns pesadelos dos ambientalistas”. Segundo o jornal, o documento preserva obras do Plano de Aceleração do Crescimento, inclusive as que cortam áreas de preservação, mas impõe restrições ao agronegócio e cria um muro de protecção ao longo de 1700 quilómetros na borda sul da Amazónia, para impedir que a desflorestação atinja o coração da floresta.
“Minc informou que a medida se destina a cumprir os compromissos assumidos pelo Brasil nas Nações Unidas para a redução da emissão de gases causadores do efeito de estufa”, lê-se no “Estadão”.
O projecto preserva obras importantes para o desenvolvimento, como as hidroeléctricas do Rio Madeira e a Rodovia Transoceânica, mas permite a destruição de partes da floresta nativa, refere.
O ministro incluiu no documento a conclusão de obras polémicas, como a pavimentação da Transamazónica e dá luz verde à construção da estrada que liga Cuiabá (Mato Grosso) a Santarém (Pará) e atravessa territórios indígenas e áreas de protecção ambiental.
De acordo com o ministro do Meio Ambiente, o objectivo do projecto é “compatibilizar a produção económica com a preservação da maior floresta tropical do planeta, que já perdeu mais de 13 por cento da sua cobertura original”.
O documento foi aprovado pelos nove governos estaduais da região e encaminhado para análise da Casa Civil antes de ser enviado ao Presidente Lula da Silva.
http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1429424
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