445.222 PLANTAS AUTÓCTONES OFERECIDAS DESDE 2011
Com 6 edições, o projeto Floresta Comum já disponibilizou mais de 445 mil plantas de 60 espécies autóctones que foram plantadas em terrenos públicos e comunitários (baldios). Desde a primeira fase de candidaturas à Bolsa Nacional de Espécies Florestais Autóctones em 2012, tanto a solicitação, como a oferta de plantas, tem aumentado.
Em 2015, foram solicitadas cerca de 230 mil plantas em 62 candidaturas. De acordo com as disponibilidades dos quatro viveiros do ICNF, I.P. - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, foram distribuídas 153.423 plantas, as quais foram plantadas entre outubro de 2015 e março de 2016. Tem sido grande o envolvimento da administração local nestas ações de (re) arborização, através dos Municípios e Juntas de Freguesia, pelo que o projeto Floresta Comum passa por disponibilizar cada vez mais plantas e, no futuro, por constituir também uma bolsa de plantas para os terrenos privados.
O Floresta Comum é uma parceria entre a Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, o ICNF, I.P. - Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, a ANMP – Associação Nacional de Municípios Portugueses, e a UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Esta parceria surgiu com o objetivo de incentivar a criação de uma floresta autóctone com altos níveis de biodiversidade e de produção de serviços de ecossistema. É parcialmente financiado pelo projeto Green Cork – reciclagem de rolhas de cortiça e conta com o mecenato da REN – Redes Energéticas Nacionais.
As vantagens em melhorar a composição da floresta portuguesa, com recurso a espécies autóctones como carvalhos, medronheiros, castanheiros ou sobreiros, entre outras, são evidentes. Em comparação com as espécies introduzidas, esta floresta está mais adaptada às condições climáticas locais, sendo por isso mais resistente a pragas, doenças, longos períodos de seca ou de chuva intensa. Contribui ainda para a mitigação das alterações climáticas e é mais resiliente a essas mesmas alterações, bem como aos incêndios florestais.
O percurso do Projeto Floresta Comum
O arranque desta iniciativa ocorreu no âmbito das comemorações do Centenário da República Portuguesa, em 2010, que coincidiram com o Ano Internacional da Biodiversidade. Cerca de 80 municípios plantaram os “Bosques do Centenário” - monumentos vivos constituídos por 100 plantas (árvores/arbustos) autóctones portugueses.
Depois do sucesso desta iniciativa, em que foram plantadas 8.415 árvores, deu-se continuidade à atividade com o projeto “Futuro - 100.000 Árvores na Área Metropolitana do Porto, em que foram plantadas 16.753 árvores, e testado o procedimento atualmente utilizado de disponibilizar plantas. A partir de 2012 as plantas passaram a ser solicitadas ao Floresta Comum através de candidatura. Após aprovação das candidaturas e mediante a disponibilidade em plantas nos viveiros do ICNF, foram já distribuídas cerca de 52 mil plantas na campanha de 2012/13, 93 mil na de 2013/14, 122 mil na de 2014/15, e mais de 153 mil na de 2015/2016.
O próximo período de candidaturas decorre de 15 de julho até 30 de setembro de 2016 e conta com uma disponibilidade inicial de quase 195 mil plantas de 56 espécies. O Regulamento e os formulários de candidatura estão disponíveis no site
www.quercus.pt através do separador Projetos - Floresta
Comum.
Lisboa, 15 de julho de 2016