Chama-se “Forest-In: INovative and Educational INformation for the Sustainable Forest Management by Smallholders” e trata-se do novo projeto europeu que a Universidade de Aveiro (UA), através do Departamento de Biologia (DBio), viu recentemente aprovado.
O financiamento comunitário, que ultrapassa os 320 mil euros, foi obtido pelo programa Erasmus+, o instrumento financeiro da Comissão Europeia para a Educação.
Neste caso, a educação florestal de todos os agentes do universo florestal, desde os pequenos proprietários e técnicos florestais aos grandes decisores, será o enfoque principal desta missão que terá a duração de três anos.
O projeto «partiu da necessidade de criar uma plataforma de entendimento que unisse os vários agentes florestais de Portugal, Espanha e França, países que, de modo geral, enfrentam problemáticas florestais semelhantes», salienta a UA.
E acrescenta: «nestes países, o predomínio da propriedade florestal privada, de muito reduzida dimensão e maioritariamente sob a gestão de proprietários sem formação técnica na área, levam à proliferação de práticas que por vezes ameaçam a integridade e produtividade florestal e condicionam os serviços do ecossistema como um todo, sendo urgente a partilha de boas práticas e o fomento da educação florestal».
O projeto contará com workshops e visitas técnicas internacionais, tutoriais e uma mobile app de apoio à decisão na gestão florestal, numa estratégia concertada de envolvimento da comunidade florestal e do público em geral.
As próprias técnicas pedagógicas adotadas serão inovadoras e customizadas para o público-alvo em questão, sendo assentes num modelo de aprendizagem horizontal e participativo.
O consórcio é composto por uma “tropa de elite” na esfera florestal. A UA informa que prestará toda a fundamentação e acompanhamento científico em diversas áreas (floresta, biodiversidade, sustentabilidade e comunicação).
Os restantes parceiros incluem a Unimadeiras (Portugal), a Asociación Forestal de Galicia (Espanha) e a Association Forêt Modèle de Provence (França) que integram uma vasta rede de proprietários e técnicos florestais e têm contacto regular e direto com os grandes decisores e grupos económicos do setor florestal.
No total, gerem acima de 26 000 ha de floresta certificada que irá servir de laboratório e “sala de aula transfronteiriça” para as boas práticas florestais.
A Fundação CESEFOR (Espanha) integra o projeto com competências na comunicação digital, nomeadamente no desenvolvimento de apps específicas para a gestão e educação florestais. O consórcio completa-se com o PEFC™ e o FSC® internacionais, os maiores sistemas de certificação florestal a nível global que neste projeto trabalharão juntos, unindo esforços, objetivos e audiências.
A equipa do DBio reúne investigadores com vasta experiência na gestão da floresta e biodiversidade, bem como em educação e comunicação de ciência, contanto com Milene Matos, Nelson Matos, Rosa Pinho e Lísia Lopes, sob a coordenação de Carlos Fonseca.
Fonte: Jornal Online da Universidade de Aveiro
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