quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Floresta mista é melhor contra as alterações climáticas


06.10.2010
Lusa

Os povoamentos mistos, ao que tudo indica, têm mais capacidade para fixar o carbono.
Várias espécies de árvores juntas possuem uma maior capacidade de reagir num contexto de alterações climáticas e de sobreviver aos incêndios florestais, concluiu um estudo sobre a floresta mista em Portugal, coordenada por investigadores da Universidade de Trás-os-Montes, em Vila Real.

As conclusões desta investigação serão apresentadas num congresso internacional sobre florestas e alterações climáticas que decorre entre hoje e sexta-feira e vai juntar cientistas de 23 países na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Domingos Lopes, do Departamento de Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista, referiu que o projecto Florestas mistas, modelação, dinâmica e distribuição geográfica da produtividade e da fixação de carbono nos ecossistemas florestais mistos em Portugal foi aprovado em 2006 e conta com financiamento de cerca de 200 mil euros.

De acordo com o inventário florestal nacional, actualmente a floresta em Portugal é essencialmente constituída por pinheiro (Norte Interior), eucalipto (Litoral Norte) e sobreiro (Sul).

Os investigadores foram para o terreno estudar florestas já existentes e acompanhar povoamentos jovens para ver como eles vão reagindo num contexto de alterações climáticas.

Os povoamentos mistos, ao que tudo indica, têm mais capacidade para fixar o carbono.

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