Quartas-feiras | Parque da Pena
Demonstrações de trabalhos florestais com cavalos na Serra de Sintra
(Imagens em alta resolução em http://62.28.132.233/1317207865.zip - Créditos Parques de Sintra – Monte da Lua)
Sintra, 28 de Setembro 2011 – A partir do próximo dia 12 de Outubro, todas as Quartas-feiras, às 15h, na Quinta da Pena (no Parque da Pena), em Sintra, a Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML) organizará demonstrações de “Cavalos nas Florestas de Sintra – Tradição e Sustentabilidade”.
Nestas demonstrações os tratadores irão apresentar a forma como trabalham na floresta com os cavalos, nomeadamente através de exercícios de precisão (empilhando os troncos com determinada ordem), exercícios de força (puxando grandes troncos) e exercícios de equilíbrio (um tronco por cima de outro), bem como efectuando percursos com os troncos entre as árvores (evitando obstáculos).
Os cavalos são comandados essencialmente através de ordens vocais e sem grande auxílio das rédeas, reagindo a mais de 10 tipos diferentes de ordens vocais, e respondendo sempre pelo seu nome.
Com estas demonstrações a Parques de Sintra pretende dar a conhecer o tipo de trabalho realizado pelos cavalos Ardennais e o facto de o seu impacto no solo ser mínimo ao passar pela floresta com o tronco (ao contrário dos rodados de um tractor, que danificam substancialmente mais o solo e a vegetação herbácea e jovem - arbustos e árvores).
Sobre o Projecto
A Parques de Sintra iniciou, em 2010, um projecto de reintrodução de técnicas tradicionais e ambientalmente sustentáveis na exploração e manutenção de áreas florestais, que recupera um património sociocultural perdido tanto na Serra de Sintra, como no geral em Portugal.
A componente mais inovadora do projecto consiste na utilização de cavalos de raça Ardennais que, treinados para o trabalho florestal, respondem a comandos de voz monossilábicos e são encaminhados a uma só rédea. A escolha desta raça prendeu-se com os impactos que este trabalho tem num contexto de gestão sustentável das florestas. A mecanização florestal deve ser restringida sempre que a topografia do local é acidentada e o risco de erosão do solo é elevado, colocando em risco valores importantes para a preservação do património natural e cultural (nomeadamente as áreas classificadas como Rede Natura e Paisagem Cultural da Humanidade pela UNESCO, sob a salvaguarda da PSML), e o trabalho de tracção animal permite reduzir substancialmente estes impactos.
As grandes vantagens da utilização de cavalos nestas áreas prendem-se, além do elevado interesse por parte dos visitantes, com a conservação do solo, o acesso a zonas acidentadas, a preservação da regeneração natural e das árvores existentes, a diversificação dos métodos de trabalho, a salvaguarda dos usos e do saber tradicionais, a ausência de poluição sonora e atmosférica, a independência de energias fósseis e a melhoria do rendimento de trabalho e complementaridade entre as máquinas e os animais. Como outrora, os cavalos podem também ser utilizados na atrelagem, em práticas agrícolas, na recolha de resíduos, na limpeza de estradas e caminhos e em actividades educativas e recreativas nos parques.
Neste sentido, a Parques de Sintra estabeleceu contactos com o Centro Europeu do Cavalo, nomeadamente com o seu director Pierre Arnoud (Centre Européen du Cheval, instituição do Governo belga vocacionada para manter viva esta prática florestal), com o qual contratou apoio logístico e consultoria ao projecto, bem como a aquisição de três cavalos e formação de técnicos portugueses. Os tratadores da Parques de Sintra receberam uma formação intensiva de 2 semanas na Bélgica e, posteriormente, mais duas semanas de formação em contexto de trabalho no Parque da Pena, com o formador é Marc Guillame (belga).
Com a concretização do projecto, a 21 de Abril de 2011 chegaram ao Parque da Pena três cavalos da raça Ardennais: o Kali, o Valseur e o Medhi. A opção por esta raça deveu-se ao facto deste tipo de cavalos ser muito popular para trabalhos na floresta, por serem relativamente pequenos, ágeis, muito fortes, e de temperamento muito dócil. Esta é uma das raças mais antigas e bem documentadas em toda a Europa.
Os cavalos adquiridos têm idades compreendidas entre os 5 e os 9 anos, idade que não é avançada, dado que só a partir dos 7 anos estes se encontram numa fase de amadurecimento para poderem trabalhar com eficácia na floresta. Até lá, passam por um processo de aprendizagem que se inicia aos 3 anos de idade. O período durante o qual trabalham é muito variável mas, se não tiverem problemas de saúde, poderá ser até aos 20 anos.
Este é um projecto piloto na Serra de Sintra, que terá os seus desenvolvimentos nos próximos meses/anos, e que se espera possa induzir aplicações semelhantes noutras áreas do país.
Demonstrações “Cavalos nas Florestas de Sintra – Tradição e Sustentabilidade”
Local: Quinta da Pena (Parque da Pena)
Horário: 15h (todas as 4ªs feiras)
Duração: 1h
Destinatários: todos
Tarifário: Gratuito (mediante aquisição de bilhete para o Parque da Pena)
Nota: As demonstrações podem ser canceladas devido às condições meteorológicas
Informações p/ público: 21 923 73 00 / info@parquesdesintra.pt / www.parquesdesintra.pt
Demonstrações de trabalhos florestais com cavalos na Serra de Sintra
(Imagens em alta resolução em http://62.28.132.233/1317207865.zip - Créditos Parques de Sintra – Monte da Lua)
Sintra, 28 de Setembro 2011 – A partir do próximo dia 12 de Outubro, todas as Quartas-feiras, às 15h, na Quinta da Pena (no Parque da Pena), em Sintra, a Parques de Sintra – Monte da Lua (PSML) organizará demonstrações de “Cavalos nas Florestas de Sintra – Tradição e Sustentabilidade”.
Nestas demonstrações os tratadores irão apresentar a forma como trabalham na floresta com os cavalos, nomeadamente através de exercícios de precisão (empilhando os troncos com determinada ordem), exercícios de força (puxando grandes troncos) e exercícios de equilíbrio (um tronco por cima de outro), bem como efectuando percursos com os troncos entre as árvores (evitando obstáculos).
Os cavalos são comandados essencialmente através de ordens vocais e sem grande auxílio das rédeas, reagindo a mais de 10 tipos diferentes de ordens vocais, e respondendo sempre pelo seu nome.
Com estas demonstrações a Parques de Sintra pretende dar a conhecer o tipo de trabalho realizado pelos cavalos Ardennais e o facto de o seu impacto no solo ser mínimo ao passar pela floresta com o tronco (ao contrário dos rodados de um tractor, que danificam substancialmente mais o solo e a vegetação herbácea e jovem - arbustos e árvores).
Sobre o Projecto
A Parques de Sintra iniciou, em 2010, um projecto de reintrodução de técnicas tradicionais e ambientalmente sustentáveis na exploração e manutenção de áreas florestais, que recupera um património sociocultural perdido tanto na Serra de Sintra, como no geral em Portugal.
A componente mais inovadora do projecto consiste na utilização de cavalos de raça Ardennais que, treinados para o trabalho florestal, respondem a comandos de voz monossilábicos e são encaminhados a uma só rédea. A escolha desta raça prendeu-se com os impactos que este trabalho tem num contexto de gestão sustentável das florestas. A mecanização florestal deve ser restringida sempre que a topografia do local é acidentada e o risco de erosão do solo é elevado, colocando em risco valores importantes para a preservação do património natural e cultural (nomeadamente as áreas classificadas como Rede Natura e Paisagem Cultural da Humanidade pela UNESCO, sob a salvaguarda da PSML), e o trabalho de tracção animal permite reduzir substancialmente estes impactos.
As grandes vantagens da utilização de cavalos nestas áreas prendem-se, além do elevado interesse por parte dos visitantes, com a conservação do solo, o acesso a zonas acidentadas, a preservação da regeneração natural e das árvores existentes, a diversificação dos métodos de trabalho, a salvaguarda dos usos e do saber tradicionais, a ausência de poluição sonora e atmosférica, a independência de energias fósseis e a melhoria do rendimento de trabalho e complementaridade entre as máquinas e os animais. Como outrora, os cavalos podem também ser utilizados na atrelagem, em práticas agrícolas, na recolha de resíduos, na limpeza de estradas e caminhos e em actividades educativas e recreativas nos parques.
Neste sentido, a Parques de Sintra estabeleceu contactos com o Centro Europeu do Cavalo, nomeadamente com o seu director Pierre Arnoud (Centre Européen du Cheval, instituição do Governo belga vocacionada para manter viva esta prática florestal), com o qual contratou apoio logístico e consultoria ao projecto, bem como a aquisição de três cavalos e formação de técnicos portugueses. Os tratadores da Parques de Sintra receberam uma formação intensiva de 2 semanas na Bélgica e, posteriormente, mais duas semanas de formação em contexto de trabalho no Parque da Pena, com o formador é Marc Guillame (belga).
Com a concretização do projecto, a 21 de Abril de 2011 chegaram ao Parque da Pena três cavalos da raça Ardennais: o Kali, o Valseur e o Medhi. A opção por esta raça deveu-se ao facto deste tipo de cavalos ser muito popular para trabalhos na floresta, por serem relativamente pequenos, ágeis, muito fortes, e de temperamento muito dócil. Esta é uma das raças mais antigas e bem documentadas em toda a Europa.
Os cavalos adquiridos têm idades compreendidas entre os 5 e os 9 anos, idade que não é avançada, dado que só a partir dos 7 anos estes se encontram numa fase de amadurecimento para poderem trabalhar com eficácia na floresta. Até lá, passam por um processo de aprendizagem que se inicia aos 3 anos de idade. O período durante o qual trabalham é muito variável mas, se não tiverem problemas de saúde, poderá ser até aos 20 anos.
Este é um projecto piloto na Serra de Sintra, que terá os seus desenvolvimentos nos próximos meses/anos, e que se espera possa induzir aplicações semelhantes noutras áreas do país.
Demonstrações “Cavalos nas Florestas de Sintra – Tradição e Sustentabilidade”
Local: Quinta da Pena (Parque da Pena)
Horário: 15h (todas as 4ªs feiras)
Duração: 1h
Destinatários: todos
Tarifário: Gratuito (mediante aquisição de bilhete para o Parque da Pena)
Nota: As demonstrações podem ser canceladas devido às condições meteorológicas
Informações p/ público: 21 923 73 00 / info@parquesdesintra.pt / www.parquesdesintra.pt
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