terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Ministério do Ambiente chamado a responder sobre Douro Internacional e Costa da Caparica

15.01.2010
Helena Geraldes

O Parque Natural do Douro Internacional sem vigilantes da natureza e uma nova estrada na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica foram motivos suficientes para o Bloco de Esquerda (BE) e o CDS terem pedido ontem explicações ao Ministério do Ambiente.

Chegou a ter oito vigilantes da natureza mas em Outubro do ano passado, o Parque Natural do Douro Internacional ficou sem nenhum. Agora, o BE, pela voz de Rita Calvário, quer saber como explica o Ministério da Rua do Século “a falta de preenchimento do quadro de pessoal e a total ausência de vigilantes da natureza”. Mas há mais. O BE denuncia outros problemas, nomeadamente a “insuficiência de viaturas” na área do parque, com uma extensão de 85 mil hectares.

“Considera o Ministério que a gestão e preservação desta importante área protegida são possíveis nestas condições?”, questiona o Bloco. “E qual a situação das restantes áreas do país?”

Mais a Sul, o CDS está preocupado com a conservação da natureza na zona da Costa da Caparica, a braços com a nova Estrada Regional 377-2 que vai ligar a Costa da Caparica à Fonte da Telha, nomeadamente a Circular Regional Interna da Península de Setúbal/IC32 no nó de Belverde. O objectivo é descongestionar a A2 e o IC20, permitindo o acesso directo à zona de praias. A Estradas de Portugal espera ter a obra concluída em 2012.

“Esta estrada vai ter um fortíssimo impacto numa zona protegida, com enormes potencialidades” para o Ambiente e para a agricultura, salienta o deputado do CDS-PP, Nuno Magalhães. Este lembrou que a sua construção contraria “alguns pareceres negativos”.

A Quercus sublinha que o traçado atravessa a Reserva Ecológica Nacional, a Reserva Botânica e a Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica.

O CDS quer que se “pondere uma alternativa” e propõe o alargamento e melhoramento da Estrada Florestal, a única via que liga a Costa da Caparica à Fonte da Telha. Nuno Magalhães sublinha que esta é “uma alternativa mais barata e com menores impactes ambientais”.
Ecosfera
As outras devem estar igual ou pior, por acaso também gostava de saber.

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