sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Quercus pede ao Governo para votar a favor de proibição de pesticida que mata abelhas

Quercus pede ao Governo para votar a favor de proibição de pesticida que mata abelhas


Na próxima segunda-feira, 25 de Fevereiro, os Estados-Membros da União Europeia irão votar sobre a proibição de uma controversa classe de pesticidas, os neonicotinóides. Estes pesticidas estão ligados ao declínio das abelhas em todo o mundo, de acordo com a ONGA.
“Síndrome do Colapso das Colónias é a designação dada a um fenómeno em que as abelhas desaparecem inexplicavelmente, deixando para trás uma colmeia com criação e comida. Este fenómeno nunca antes visto até 2006, causou e continua a causar sérios problemas um pouco por todo o mundo, inclusive Portugal. Os neonicotinóides têm sido consistentemente apontados como uma das causas para esse colapso”, explica a Quercus em comunicado.
Só nos últimos três anos, mais de 30 estudos científicos têm demonstrado os efeitos adversos dos neonicotinóides nos insectos. Estes insecticidas são sistémicos, ou seja, entram em todas as partes das plantas alvo, incluindo o pólen e néctar que as abelhas colhem e processam.
Em Janeiro, a Autoridade para a Segurança Alimentar Europeia (EFSA) publicou uma recomendação científica para que as três substâncias principais dos neonicotinóides – Clotianidina, Tiametoxam e Imidaclopride – deixassem de ser usadas em culturas visitadas por abelhas.
Há, neste momento, muita informação que aponta para a mesma conclusão: há um risco real no uso de neonicotinóides em culturas agrícolas que atraem abelhas porque estes químicos levam ao declínio das abelhas e outros polinizadores. “Esse risco não é aceitável nem de um ponto de vista ambiental, nem económico”, afirma a Quercus.
“É crucial que Portugal marque posição contra os neonicotinóides. Tal posição irá proteger os polinizadores e o equilíbrio dos ecossistemas, irá proteger a produção agrícola nacional e irá proteger a apicultura que não só tem importância na sua acção polinizadora mas também como actividade económica sustentável”, conclui a ONGA.
Foto: Ricardo Marques, Quercus

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