segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

1ª jornada voluntária de Inverno e de 2015



by Paulo Domingues
Foi num dia frio e sem sol que decorreu a primeira jornada voluntária de Inverno de 2015 no Cabeço Santo. Com previsões de chuva a partir do meio da tarde, a equipa não se sentiu intimidada: pouco passava das 9 da manhã quando rumou à mancha de carvalhal do Cambedo, um conjunto de várias antigas parcelas agrícolas e florestais adquiridas pela Quercus em 2009 em ambas as margens do ribeiro e já não longe da antiga povoação, agora abandonada, de Belazaima-a-Velha.
Os carvalhos aqui existentes são na sua grande maioria de rebentação (das toiças após o incêndio de 2005), embora também haja bastantes árvores e arbustos plantados. O principal problema desta área são as mimosas, que no início da intervenção constituíam uma formação muito densa, mas onde as pulverizações com herbicida se fizeram de forma muito parcimoniosa, a fim de evitar danos sobre a rebentação do carvalhal. Isso conseguiu-se, mas, em contrapartida, as mimosas têm sido um “osso duro de roer”. A última jornada aqui realizada foi em Abril de 2013 (https://ecosanto.wordpress.com/2013/04/). Não tendo sido possível vir aqui no Inverno de 2014, as mimosas que ainda não apareciam nas fotos de 2013 observavam-se agora com 5 e 6 metros de altura! Inacreditável não é?
Desta forma, o trabalho dos voluntários foi sobretudo de tesourão e pulverizador de mão, embora a motossera também fosse usada para cortar as mimosas maiores. A motoroçadora também trabalhou quase continuamente, em manchas muito densas de mimosas pequenas, para destroçar os fetos secos, para destroçar selectivamente o matagal, e, sobretudo, para triturar o silvado, que mais abaixo no terreno também cresce de forma muito vigorosa, conseguindo ainda vergar uma árvore plantada há 4 anos. Para além do corte das mimosas também se realizou o corte de rebentação secundária das toiças dos carvalhos e se fez alguma desramação, também nos carvalhos.
Cortando mimosas
Cortando mimosas
Explicando como se deve fazer a desramação
Explicando como se deve fazer a desramação
Enfrentando o "inimigo"
Enfrentando o "inimigo"!
Dança com motosserra
Dança com motosserra
Trabalho com motosserra
Trabalho com motosserra, e com pulverizador de mão
Admirando um medronheiro, depois de desanuviado
Admirando um medronheiro, depois de desanuviado
Paisagem já sem mimosas em pé
Paisagem já sem mimosas em pé
Arrumação de ramada
Arrumação de ramada
"Rio" de mimosas caídas
"Rio" de mimosas caídas
Corte de uma háquea-picante, em flor
Corte de uma háquea-picante, em flor
Dado que o sol não apareceu, estava frio, claro, mas, com a dinâmica dos trabalhos, ninguém o notou. Com uma excepção: na hora do almoço, com a necessária paragem, mãos e pés começaram a enregelar. Foi o pretexto para não parar por muito tempo...
Só à tarde se fez reportagem fotográfica. Foi uma voluntária, a Claudia, que ficou incumbida da tarefa. Mas, quando era um quarto para as 5 da tarde, começou a chover, e, com a pressa de regressar a porto seco e não molhar toda a carga de equipamento, não se tirou a foto de despedida (e nunca mais lembrou!). Por isso, não obstante as fotos serem suas, a Claudia passa despercebida na própria reportagem fotográfica que é sua! Que pena!
Cuidado! Uma onda gigante de mimosas à retaguarda!
Cuidado! Uma onda gigante de mimosas à retaguarda!
Arrumando lenha e ramada
Arrumando lenha e ramada
Arrumando lenha
Arrumando lenha
Resultado do trabalho
Resultado do trabalho
Mais resultado do trabalho
Mais resultado do trabalho
Momento de descontracção junto ao ribeiro
Momento de descontracção junto ao ribeiro
Triturando silvado
Triturando silvado
A mancha de silvado
A mancha de silvado
Voluntário observando um azevinho (por si?!) plantado há 3 ou 4 anos
Voluntário observando um azevinho (por si?!) plantado há 3 ou 4 anos
O pequeno bosque, agora sem mimosas, com o Cabeço do Meio em fundo.
O pequeno bosque, agora sem mimosas, com o Cabeço do Meio em fundo.
Tinha sido uma fantástica jornada, e algum voluntário que não concorde que me desminta! Mas ainda havemos de voltar aqui outra vez neste Inverno. Talvez já na próxima jornada. Até lá.
Paulo Domingues

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