facto de Portugal ser o maior
produtor, transformador e exportador de cortiça a nível mundial, característica
singular no contexto económico nacional, não tem sido, até à data, devidamente
reconhecido quer a nível nacional, quer a nível europeu.
No entanto, convém
salientar que a fileira da cortiça não é como muitos dos sectores exportadores
que possuem uma característica poucas vezes tomada em consideração: são na sua
grande maioria também os maiores importadores. Fileiras "tradicionais"
a da cortiça ,
possuem vantagens competitivas e potencial por aproveitar e desenvolver que,
devido à reduzida incorporação de importações, muito contribuem para a
criação/integração de riqueza no País.
Convém também
reforçar que através da cortiça, a União Europeia é o líder mundial na produção
de vedantes para vinho possuindo, através das rolhas de cortiça, 70% do mercado
internacional dos vedantes para vinho, produzindo e transformando uma
matéria-prima com um valor total de mercado de 1.700 Milhões de Euros.
Que outro produto
natural, de origem europeia e com os valores naturais que lhe estão associados,
possui estas características?
Por outro lado, o
futuro dos montados de
sobro em Portugal depende da valorização económica da cortiça
enquanto produto líder como vedante de vinhos. Esta questão faz com que a
manutenção do valor da cortiça como vedante de excelência dos diferentes tipos
de vinho, no contexto da crise financeira internacional, cuja profundidade e
extensão se tem vindo a agravar, seja um dos grandes desafios que actualmente
Portugal enfrenta.
Estas questões
estratégicas para a Fileira da Cortiça vão estar em discussão e reflexão na 2.ª Conferência Internacional do Montado e da Cortiça,
organizada pela Câmara
Municipal de Vendas Novas com a colaboração da UNAC –
União da Florest a Mediterrânica, e que
vai decorrer no próximo dia 14 de Maio, no Auditório Municipal de Vendas Novas
Nenhum comentário:
Postar um comentário