Carvalhal tem árvores com mais de 400 anos
O Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês prevê medidas de gestão activa da Mata Nacional do Gerês, considerado um carvalhal raro na Península Ibérica e na Europa. O documento, que se encontra em discussão pública, prevê ainda intervenções, a curto prazo, em manchas de espécies invasoras lenhosas, e em áreas degradadas por extracção de inertes.
No centro da Mata Nacional do Gerês, que se estende por 15 mil hectares, está a Mata da Albergaria, um “carvalhal climáxico, ou seja, uma floresta no máximo da sua evolução, com árvores com mais de 400 anos”, explicou à Lusa o biólogo Henrique Carvalho. A Mata de Albergaria, única no país, pertence ao Estado desde finais do século XIX, estando, agora, sob gestão do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade.
A intervenção a ser levada a cabo pretende, pois, evitar a degenerescência das árvores, já que, como explicou o especialista. “ou há regeneração das árvores ou a floresta pode voltar ao ciclo inicial”. “Um carvalhal como este tem um longo processo de evolução: começa por ser apenas vegetação, com líquenes e musgos, depois passa a fetos, e a matos com algum porte arbóreo e desenvolve-se até se tornar num carvalhal denso", salientou.
O novo Plano de Ordenamento do Parque Nacional da Peneda-Gerês, que irá substituir o que está em vigor desde 1995, prevê novas medidas de gestão de áreas de intervenção específica para a conservação dos valores naturais, da biodiversidade e da geodiversidade, por serem possuidoras de um valor biológico cuja conservação carece de cuidados de manutenção ou recuperação. Além da intervenção na Mata Nacional, o documento prevê acções idênticas nos complexos higro-turfosos do Planalto de Castro Laboreiro, do Planalto da Mourela, e na Mata do Mezio, onde se registou, em 2008, um grande incêndio.
O documento identifica também como áreas de intervenção específica para a valorização cultural e patrimonial, o Castelo Medieval de Castro Laboreiro, as necrópoles megalíticas de Castro Laboreiro, Lamas do Vez, Britelo e Mourela, os Fojos do Lobo da Peneda e Soajo, e o Mosteiro de Santa Maria das Júnias, em Montalegre.
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