Organizações ambientalistas afirmaram hoje ter garantia do Governo da retirada do apoio à plantação de eucaliptos, previsto no Programa de Desenvolvimento Rural, que defendiam, mas mantêm a preocupação com a falta de medidas de adaptação às alterações climáticas.
"O secretário de Estado da Agricultura disse-nos que ontem [quinta-feira] a ministra [Assunção Cristas], tinha decidido que não haveria apoios no âmbito deste PDR para novas áreas de eucalipto", disse hoje à agência Lusa o presidente da Quercus.
Nuno Sequeira, que falava depois de uma reunião de várias associações de defesa da natureza com o secretário de Estado da Agricultura, Diogo Albuquerque, considerou ser este um "facto positivo", pois era uma das principais críticas que os ambientalistas apontavam ao documento provisório do novo PDR para vigorar entre 2014 e 2020.
"Poderá existir o apoio à produtividade de áreas [de eucalipto] já existentes e alguma reprogramação do PDR para substituição", mas neste momento não está em cima da mesa e, se for esse o caso, haverá discussão pública, acrescentou.
"Ficamos satisfeitos por ter havido um recuo na intenção de financiar a 40% a fundo perdido a plantação de eucalipto", referiu à Lusa João Camargo, da Liga para a Proteção da Natureza (LPN).
No entanto, na análise da proposta de PDR, João Camargo alertou que "se perde uma grande oportunidade, perante o último relatório do IPCC [painel intergovernamental para as alterações climáticas das Nações Unidas], de ter investimento europeu a aumentar a resiliência e a adaptação do território" às mudanças do clima.
O técnico da LPN referia-se à aposta na agricultura de regadio, e no Alqueva, e realçou que "o investimento e a prioridade dada" a este projeto, para um país com cada vez menos água e cujas previsões são de agravamento da situação, "não é uma estratégia de conservação da água é, pelo contrário, uma estratégia de gasto de água, de má qualidade".
"A água do regadio acumula 40 toneladas de sal por ano e a ideia de utilizar [esta] água para regar o Alentejo é perigosa", segundo a LPN.
Também Nuno Sequeira considerou a abordagem do regadio, um dos pontos criticados pela Quercus, uma "aposta errada" pois Portugal deveria estar a tentar fazer uma readaptação da agricultura aos novos cenários do clima e não a lutar contra a natureza.
O acesso aos fundos dos pequenos agricultores, normalmente com práticas amigas do ambiente, "é limitado" e são insuficientes os apoios às áreas incluídas na Rede Natura 2000, disse ainda o presidente da Quercus, embora tenha reconhecido um avanço neste PDR relativamente a documentos anteriores.
Diário Digital com Lusa
"O secretário de Estado da Agricultura disse-nos que ontem [quinta-feira] a ministra [Assunção Cristas], tinha decidido que não haveria apoios no âmbito deste PDR para novas áreas de eucalipto", disse hoje à agência Lusa o presidente da Quercus.
Nuno Sequeira, que falava depois de uma reunião de várias associações de defesa da natureza com o secretário de Estado da Agricultura, Diogo Albuquerque, considerou ser este um "facto positivo", pois era uma das principais críticas que os ambientalistas apontavam ao documento provisório do novo PDR para vigorar entre 2014 e 2020.
"Poderá existir o apoio à produtividade de áreas [de eucalipto] já existentes e alguma reprogramação do PDR para substituição", mas neste momento não está em cima da mesa e, se for esse o caso, haverá discussão pública, acrescentou.
"Ficamos satisfeitos por ter havido um recuo na intenção de financiar a 40% a fundo perdido a plantação de eucalipto", referiu à Lusa João Camargo, da Liga para a Proteção da Natureza (LPN).
No entanto, na análise da proposta de PDR, João Camargo alertou que "se perde uma grande oportunidade, perante o último relatório do IPCC [painel intergovernamental para as alterações climáticas das Nações Unidas], de ter investimento europeu a aumentar a resiliência e a adaptação do território" às mudanças do clima.
O técnico da LPN referia-se à aposta na agricultura de regadio, e no Alqueva, e realçou que "o investimento e a prioridade dada" a este projeto, para um país com cada vez menos água e cujas previsões são de agravamento da situação, "não é uma estratégia de conservação da água é, pelo contrário, uma estratégia de gasto de água, de má qualidade".
"A água do regadio acumula 40 toneladas de sal por ano e a ideia de utilizar [esta] água para regar o Alentejo é perigosa", segundo a LPN.
Também Nuno Sequeira considerou a abordagem do regadio, um dos pontos criticados pela Quercus, uma "aposta errada" pois Portugal deveria estar a tentar fazer uma readaptação da agricultura aos novos cenários do clima e não a lutar contra a natureza.
O acesso aos fundos dos pequenos agricultores, normalmente com práticas amigas do ambiente, "é limitado" e são insuficientes os apoios às áreas incluídas na Rede Natura 2000, disse ainda o presidente da Quercus, embora tenha reconhecido um avanço neste PDR relativamente a documentos anteriores.
Diário Digital com Lusa
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