A classificação do sobreiro como «Árvore Nacional de Portugal» está na
base de um movimento criado pelas associações Árvores de Portugal e
Transumância e Natureza que estão a promover uma petição para entregar
na Assembleia da República.
«O Estado devia fazer uma
legislação para classificar o sobreiro como Árvore Nacional de Portugal,
porque se trata de uma espécie muito importante a nível da
biodiversidade e da riqueza» para o país, afirmou hoje Ricardo Nabais, técnico florestal da Associação Transumância e Natureza (ATN).
O mesmo responsável destacou a importância de proteger os sobreiros, uma das «árvores mais emblemáticas» do país e «um símbolo de biodiversidade», porque tem sido uma espécie «muito afectada» pelos abates ilegais.
«O
alargamento de uma estrada implica abater uma árvore ou porque um
sobreiro está quase a morrer e já o querem abater, mas, se todos
apoiarem esta causa, a espécie vai ter mais protecção», frisou Ricardo Nabais.
O técnico florestal da ATN apelou à participação dos portugueses na petição, uma vez que a recolha de assinaturas «está a ser difícil», porque «as pessoas andam preocupadas com outros assuntos».
Lançado
em Outubro do ano passado pelas duas associações, o movimento está a
promover uma petição na Internet, que já conta com mais de mil
assinaturas, para que a classificação daquela espécie seja debatida na
Assembleia da República.
O documento mobiliza os interessados a ajudarem na classificação do sobreiro como «Árvore Nacional de Portugal», por ser uma espécie com ampla distribuição no território nacional continental, presente desde o Minho ao Algarve.
O
sobreiro ocupa em Portugal perto de 737 mil hectares, o que corresponde
a cerca de 32 por cento da área que a espécie ocupa no Mediterrâneo
ocidental, pode ainda ler-se no texto da petição, que pode ser subscrita
em www.peticaopublica.com/?pi=sobreiro.
Lusa/SOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário