Projecto ProNatura faz reflorestação de áreas ardidas

por B.A.
30 Agosto 2009

São criadas cinturas de árvores para reduzir o alastramento de fogos. Plantação de eucaliptos é proibida, porque estes são facilmente inflamáveis e secam lençóis de água .

Em Portugal, o programa ProNatura já permitiu a reflorestação de várias áreas ardidas por todo o pais, como na cidade da Guarda, que já recebeu 39 mil árvores, Torre de Moncorvo com 20.500, e até a freguesia de Almoster, em Santarém, já plantou 28 mil.

"É um projecto que tem como objectivo e prioridade reflorestar áreas ardidas. Também se fazem campanhas de plantação de árvores em terrenos baldios, por exemplo, para se ter mais e melhor floresta", conta Cristina Gomes Torres, responsável da Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e de Ambiente (ANEFA) pelo projecto. O ProNatura só abrange áreas públicas, sejam parques, matas, zonas camarárias ou terrenos baldios. As árvores que vão servir para ocupar zonas vazias de vegetação são oferecidas por parceiros do programa, normalmente grandes empresas. Mas também estão associadas pequenas empresas e até escolas.

"Da Escola Americana, em Lisboa, houve um grupo de alunos que tinha como projecto anual a plantação de árvores. Realizaram uma semana Verde em que venderam lápis, canetas e outro tipo de objectos feitos por eles aos outros membros da escola. No fim entregaram-nos o dinheiro que serviu para plantar 200 árvores", conta Cristina Gomes Torres.

Também as marcas têm campanhas para reflorestar: uma marca de automóveis planta uma árvore por cada carro vendido; nas lojas de uma marca de roupa é possível comprar uma árvore para plantar.

As reflorestações são planeadas ao pormenor. As espécies mais utilizadas são o pinheiro, o sobreiro e o carvalho, mas sempre respeitando a zona a que se destinam. Eucaliptos são proibidos, pois "arde facilmente e seca os lençóis de água".

É usual fazer-se replantações como prevenção contra incêndios, como explica a responsável pelo projecto: "Fazem-se plantações mistas para controlo de incêndios, plantando-se cinturas de árvores mais resistentes ao fogo. Assim reduz-se o alastramento", diz. In DN