domingo, 21 de fevereiro de 2010

Florestas estão a crescer mais depressa

Ecologia



Investigadores do centro Smithonian para a investigação ambiental, nos Estados Unidos, descobriram que as florestas no Leste do país estão a crescer a um ritmo mais rápido do que há dois séculos. O fenómeno, que os cientistas pensam estar ligado ao aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e ao aquecimento global, é publicado hoje na Proceedings of the National Academy of Sciences.

O estudo foi desenvolvido nas últimas duas décadas por Geoffrey Parker, especialista em ecologia florestal, em 55 zonas florestais do estado de Maryland. Para avaliar a taxa de crescimento das florestas, Parker seleccionou as zonas de floresta de forma a abranger momentos distintos do desenvolvimento das árvores, considerando idades compreendidas entre os cinco e os 225 anos.

Em colaboração com Sean McMahon, investigador do Instituto Smithonian para a investigação tropical, Geoffrey Parker percorreu as zonas florestais seleccionadas, fazendo medições, e calculou que, em média, a floresta está produzir mais duas toneladas de madeira por cada quatro mil metros quadrados de terreno em relação ao que acontecia há dois séculos.

Os autores sugerem que a principal causa da situação tem que ver com as alterações climáticas, nomeadamente devido ao aumento do CO2 na atmosfera, às temperaturas médias mais elevadas e ao alargamento verificado no período de crescimento das árvores.

As florestas e os solos onde elas estão implantadas armazenam a maior parte do CO2 terrestre e pequenas alterações como esta podem ter impacto noutros sistemas, como o clima ou a biodiversidade, o que ainda está por estudar. In DN Sapo


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