Objectivo é valorizar o património ambiental
A autarquia de Vouzela vai requalificar 28 quilómetros de rios e ribeiras e limpar 80 hectares das suas margens, com o objectivo de valorizar o património ambiental quer em termos turísticos, quer económicos.
O vice-presidente da autarquia, Rui Ladeira, explicou à
agência Lusa que foi feita uma candidatura ao Programa de
Desenvolvimento Rural (PRODER) para, numa primeira fase,
intervir «em troços de alguns rios fundamentais e de ribeiras,
de modo a fazer a limpeza e a desobstrução das zonas
ribeirinhas, que estão bastante destruídas».
A intervenção está orçada em cerca de 78 mil euros e abrange
os rios Alcofra, Alfusqueiro e Zela e as ribeiras de Ribamá,
Moçâmedes/Real das Donas, Touca, Vilharigues, Farves/Crasto e
Cambarinho, esta última na Reserva Natural de Cambarinho.
«Queremos criar outras condições para que os pescadores
possam usufruir da pesca que é oferecida nos rios e nos
ribeiros, possam ter condições de deslocação e que a vegetação
não seja impeditiva dessa prática», explicou Rui Ladeira, que
está responsável pelo pelouro do Ambiente e Espaços Verdes.
Por outro lado, a autarquia pretende «criar condições para
que a fauna das galerias ripícolas destas zonas ribeirinhas
possa continuar a desenvolver as cadeias alimentares»,
acrescentou.
Os trabalhos deverão começar dentro de três meses e demorar
cerca de um ano a serem concluídos. Nesta candidatura, foram
integrados os rios e as ribeiras considerados prioritários mas
a autarquia quer dar seguimento a este trabalho, com outra
candidatura que se aproximará dos cem mil euros.
«Temos já preparada uma outra candidatura de modo a podermos
completar esta, isto é, criando condições não só para cortar o
mato mas para seleccionar também alguma vegetação da galeria
ripícola», referiu, exemplificando com o amieiro, o freixo, o
salgueiro e carvalho, entre outras espécies que aparecem nas
zonas ribeirinhas.
Rui Ladeira explicou que o objectivo é não só criar boas
condições para a fauna e para os turistas e pescadores, mas
também fazer «mais uma barreira» aos incêndios, evitando que
estes transponham áreas florestais.
«Normalmente existem monoculturas ou de eucalipto ou de
pinheiro e, se esta mancha for valorizada e preservada,
estaremos a dar um contributo bastante significativo para a
valorização ambiental», frisou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário